sexta-feira, 24 de abril de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Lendo o texto de Tânia Beatriz Iwaszko Marques: Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento consegui agregar mais conhecimentos sobre o INTERACIONISMO, segundo a Epistemologia Genética de Jean Piaget, o conhecimento deve ser considerado como uma relação em que sujeito e objeto dependem um do outro, numa troca, provocando dois movimentos que se complementam, um ao incorporar e outro de acomodar (ação do sujeito sobre si próprio) “O aproveitamento das situações de aprendizagem dependem das estruturas já construídas até aquele momento e não, unicamente, da estimulação do meio, como quer o Empirismo.” Embora o meio tenha papel significativo.
A ordem da sucessão das construções de aquisição de conhecimento ocorre da mesma forma constante, porém a idade cronológica pode variar de indivíduo para indivíduo. Cada fase vivenciada vai integrando novas aprendizagens, passando de uma estrutura mais simples para uma mais complexa e reformulando novas assimilações (sujeito sobre o meio), abrindo cada vez mais possibilidades de aprender.
“Aprender é proceder a uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade.” (Inhelder, Bovet< Sinclair)
A novidade, segundo o texto citado acima, são as condições do meio físico ou social, dando grande importância à capacidade que temos de relacionar o novo e o velho e transformar em novas aprendizagens.
“São necessárias condições estruturais de desenvolvimento, para possibilitar a aprendizagem.”
Os estágios de desenvolvimento: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
Sensório-motor: é o período em que a criança interage com o meio e suas reações mudam as ser estimulada, bem como sua aparência física que vai adquirindo características próprias.
Tem início a capacidade de representar a realidade, baseado mais em ações, enquanto não desenvolve a linguagem. Na capacidade de aprender, predominam característica sensório-motor, utilizando os órgãos dos sentidos para realizar suas descobertas e satisfazer suas necessidades imediatas.
Visualiza os seres que estão ao seu redor, mas se for subtraído do seu alcance é como deixasse de existir para ela.
Esta fase estende-se de zero a dois anos de idade aproximadamente.
Pré-operatório: neste estágio a criança apresenta a capacidade de representar a sua realidade, manifestando formas diferentes através da imitação, do desenho, da imagem mental, do jogo simbólico e da linguagem que se desenvolve bem mais.
Nesta fase é marcante o egocentrismo, porque o seu pensamento está centralizado em um único aspecto da realidade, não consegue lidar com idéias diversas da sua porque ainda não há equilíbrio entre os processos de assimilação e acomodação.
Predomina a intuição e não a lógica. Não consegue inverter mentalmente a direção em relações de tempo e espaço.
Estas características geralmente estão presentes entre os dois anos e os sete anos de idade.
Operatório concreto: “O real é quem define as possibilidades.” Possui capacidade de construir a reversibilidade. Realiza ações mentais. Torna-se mais cooperativa, deixando de ser egocêntrica. Apresenta suas idéias com argumentação própria.
Constrói as operações lógicas através da abstração proveniente do mundo concreto.
Este estágio ocorre no período dos sete anos aos onze anos ou doze anos.
Operatório formal: período caracterizado pela capacidade de estabelecer relações entre teorias, produzindo transformações.
O real é apenas algo limitado, permitindo trabalhar o pensamento e assim compreender o mundo através de inúmeras possibilidades.
Desenvolve sua própria identidade, vivenciando muitas dúvidas e conflitos.
Inicia este estágio por volta dos doze anos.
A idade de uma pessoa não é critério considerado suficiente para sabermos em que período do desenvolvimento intelectual se encontra, pois depende também de experiências e conhecimentos anteriores, da sua maturidade e do meio social que pode influenciar para que o estágio seguinte aconteça mais rapidamente ou não. A seqüência dos estágios segue uma ordem, mas o tempo do desenvolvimento pode ser diferente de uma pessoa para outra, bem como de um meio social para outro.
Observei alunos que freqüentam o 2º Ano e que estão na faixa etária dos sete anos de idade. Constatei que se encontram no estágio operatório concreto porque possuem a capacidade de construir a reversibilidade ao perceber e comentar muito admirados que estar à direita ou à esquerda de alguém ou de alguma coisa, depende do ponto de vista escolhido. Suas representações são móveis e reversíveis.
Durante as brincadeiras, na localização de colegas ou objetos, na expressão corporal, por exemplo, estão presentes estas noções.
Consegue estabelecer reciprocidade, demonstrando atitudes e ações que visam à colaboração entre os colegas, o companheirismo, a troca de opiniões, procurando explicações para suas respostas.
Tem condições de construir operações lógicas provenientes do mundo concreto, por exemplo: iniciação da realização de operações matemáticas e do conceito de número, sentindo-se muito satisfeita quando consegue realizar cálculos sem a ajuda de material concreto.

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