quarta-feira, 18 de novembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

X PORTFÓLIO
A partir do Movimento da Escola Nova as formas de compreender o processo de ensino e aprendizagem modificaram as práticas pedagógicas com atividades mais dinâmicas, conforme estamos estudando no Enfoque Temático 6 da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação.
Entre os integrantes deste movimento está Maria Montessori que nos deixou muitas concepções e práticas que empregamos até hoje em nossa sala de aula como materiais pedagógicos lúdicos, partindo do concreto para o abstrato como o Material Dourado que tem como objetivo desenvolver a estrutura do Sistema de Numeração Decimal Posicional. Não tenho conhecimento deste material porque na escola em que atuo não tem, mas acredito que deve ajudar os alunos a apropriar-se do sistema de numeração nas suas posições: unidade, dezena, centena e milhar que não é conteúdo muito fácil de abstrair. Os alunos conhecem o número, mas a posição para resolver o cálculo nem sempre entende. O raciocínio lógico matemático se desenvolverá mais concretamente.
Jornal escolar, trocas de experiências, cantinhos pedagógicos, trabalhos em grupo, aulas-passeio são práticas atuais presentes nas escolas são idéias defendidas e aplicadas pelo educador Celestin Freinet desde os anos 20 do século passado na França.
A cooperação está presente entre os pontos fundamentais de sua pedagogia. A interação entre o professor e o aluno é essencial para a aprendizagem.
Neste sentido passo a entender o quanto as aulas ministradas nas nossas escolas e as minhas aulas, os planejamentos educacionais não são produzidas de forma tão autônoma e criativa como imaginava, mas decorrentes de discursos, estudos e práticas, baseadas em teorias fundamentadas em autores e pressupostos teóricos que embora pertençam a contextos temporais bem distantes da nossa realidade continuam sendo atuais. Portanto não é necessário ter pressupostos inovadores para inovar na educação.
O professor deve se munir de conhecimentos diversificados para adaptar a sua realidade e refletir sobre como está acontecendo a aprendizagem de seus alunos.
práticas pedagógicas

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

EJA

IX PORTFÓLIO EJA

A interdisciplina da EJA está enfatizando a questão da alfabetização dos jovens e adultos o que considero bastante relevante para nossa atuação futura, pois estaremos munidos de fundamentação teórica bem embasada, principalmente pela visão inovadora proposta por Paulo Freire quando começou seu trabalho com alfabetização de adultos em meados dos anos 1960.
Em seu livro Pedagogia do Oprimido p.66 Freire escreve: “Em lugar de comunicar-se, o educador faz comunicados e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem.” O que denominou de educação bancária, onde o professor deposita e o aluno recebe. Portanto centrada no professor. O aluno é reduzido a um mero espectador ou um copiador de quadros cheios de conteúdos. Quanto mais lições o professor passa mais eficiente é considerado.
O aluno quieto, obediente e que consegue realizar todas as tarefas é destacado entre os demais e recebe as melhores notas.
Para efetivar mudanças Freire constrói um método de alfabetização onde a essência está no aluno que deve entender o que lê e escrever o que entender, desenvolvendo uma visão crítica do mundo, da sociedade e de comunidade onde o aluno está inserido e que passa desencadear ações transformadoras na realidade vivida. Neste sentido o método dos temas geradores a partir do levantamento do universo vocabular da turma alfabetizada e a escolha das palavras geradoras, funcionando como um desafio para o grupo.
Com este processo a alfabetização passa a ter significação como aprendizagem de vida e para a vida, baseada na contextualização e na problematização dos conteúdos onde o papel do professor é fundamental para despertar e inspirar com suas intervenções produtivas através do diálogo e da interação.
Como não tenho experiência com alfabetização de jovens e adultos tenho muita expectativa que tenha a oportunidade de aplicar o que estamos estudando em algum projeto que surja na comunidade onde trabalho, mas na atuação com classes de séries iniciais também é muito válido este estudo dos temas geradores, pois podemos adaptá-lo e colocar em ação com sucesso.
Refletir a partir das idéias de Paulo Freire é sempre muito enriquecedor para o profissional da educação e para o cidadão brasileiro, porque nos proporciona analisar a realidade e as ações desenvolvidas na escola e na sociedade de maneira mais democrática.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

VIII PORTFÓLIO

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

Cada vez que leio capítulos do livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire reflito sobre minha vida como estudante na década de 70, como professora a partir de 84 e como estudante de pedagogia desde 2006. São épocas diferentes em contextos também diferentes na história, na sociedade e na política educacional do Brasil.
Nesta parte do livro: Dialogicidade- essência da educação como prática da liberdade, a palavra diálogo é citada inúmeras vezes, mas Freire esclarece para que possamos refletir com cautela que o diálogo tem o poder de libertar ou de oprimir.
“Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor aos homens e ao mundo.” P.45.
No decorrer da minha vida na escola muitas vezes o diálogo foi imposto para calar, para a submissão dos poderosos. Este não é o diálogo proposto por Freire, pois é um monólogo, um fala o outro ouve e aceita. Diálogo que traz crescimento e compartilha saberes é quando somos ouvidos, dando valor a nossa opinião, considerando a voz de todos com igual importância. Este é o verdadeiro diálogo!
O trabalho com temas geradores tem sua base no diálogo, conforme entendi, pois é através dele que coletamos os conteúdos que vão acrescentar e transformar os conhecimentos adquiridos na escola, tornando-os significativos.
Neste mesmo capítulo o autor deixa clara a importância do trabalho com temas geradores porque parte de como se constituem a linguagem e o pensar do aluno, através do diálogo entre professores e alunos sobre a visão que tem de mundo. Deste conversar “sobre” de forma investigativa surgem às palavras chaves e os temas para desenvolver as aulas com a análise do sentido social das palavras como consciência do mundo em que vivem que deve ser problematizados pelo professor para despertar a busca por novos conhecimentos e o despertar do senso crítico e criativo nos sujeitos que freqüentam a escola para serem alfabetizados.
Outro aspecto bem relevante desta leitura reflexiva é sobre a ação, se está relacionada com a teoria produzida na escola com o contexto de vida para produzir transformações promissoras.
O trabalho com temas geradores é uma proposta pioneira na educação de adultos, mas a partir de seu estudo constatei que pode ser utilizada também nas séries iniciais em que atuo.

domingo, 25 de outubro de 2009

SEMINÁRIO INTEGRADOR VII

VII PORTFÓLIO
SEMINÁRIO INTEGRADOR VII
Trabalhar com teses sobre projetos de aprendizagem acrescentou muitos aspectos novos sobre esta forma de buscar conhecimento, partindo da curiosidade e do interesse do aluno.
Este exercício de tomar posição e argumentar com opiniões bem formuladas, pois outro colega analisará nosso comentário, desenvolve a produção escrita, objetiva, clara e coerente, bem como fundamentado teoricamente.
Ao refletir sobre as colocações da colega revisora aprendi muitos outros aspectos que envolvem um projeto que anteriormente não tinha percebido, mas que são muito importantes para fortalecer minha posição inicial destaco entre outros: a intervenção do professor no processo para desencadear uma pesquisa produtiva, que o mapa conceitual permite reconhecer em que etapa está o projeto e refletir sobre novos conceitos, socializando-os, a flexibilidade caracterizada também no plano de ação que permite modificações de estratégias, de procedimentos, a desestruturação do nosso modo de conceber os conceitos porque muitos conhecimentos que temos como verdades absolutas podem ser modificadas e que dependem de contextos históricos e sociais diferentes, portanto “as verdades” sofrem transformações.
Considero que foi uma atividade dinâmica, teórico-reflexiva que esclareceu muitas certezas provisórias.
No texto Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de Web 2.0 de Iris Elisabeth Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena, há a definição do trabalho com projetos de aprendizagem “...que configura uma situação aberta, desestabilizadora, cujos caminhos e resultados não são pré-determinados e nem conhecidos de antemão pelos docentes.” Aí reside o diferencial entre o planejamento pré estruturado e definido pelo professor e o trabalho com PA.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

VI PORTFÓLIO EJA
Na interdisciplina da EJA tive a oportunidade de refletir sobre a alfabetização de jovens e adultos que se estende muito além de apropriar-se da leitura e da escrita funcional, empregando a metodologia do uso de palavras chaves de seu contexto real, desmembrando-as em sílabas e formando novas palavras e posteriormente frases de forma mecânica. São os exemplos vivenciados por pessoas que freqüentaram cursos de curta duração e em diferentes épocas na história educacional do Brasil que visavam diminuir o número de analfabetos.
Ao realizar a leitura do texto: Alfabetização e a pedagogia do empowerment político de Henry Giroux aprendi que a alfabetização de jovens e adultos: “devia tornar-se uma precondição da emancipação social e cultural.” Portanto a alfabetização deve propiciar a ampliação das possibilidades de melhoria de vida e de liberdade de participação baseado na igualdade onde as vozes dos menos favorecidos, dos que foram silenciados, apagados, oprimidos, possa ser ouvida dentro da diversidade sócio-histórica brasileira para sustentar a construção coletiva, onde cada um possa sentir-se integrante da construção da história e da sociedade para ler o mundo e suas próprias vidas de forma crítica, conforme a ideologia de Paulo Freire.
Somente a partir destas concepções a alfabetização de jovens e adultos alcançará seu objetivo emancipador. Caso contrário continuará ocorrendo a enorme evasão: “poucos aprendem com competência e o nível de consciência é sempre muito baixo.” Do texto de Regina Haras: Alfabetização de adultos.
O aluno adulto supera as dificuldades de permanecer na escola se compreender a importância da educação em sua vida.

domingo, 27 de setembro de 2009

LIBRAS

V PORTFÓLIO
LIBRAS
Na aula presencial da interdisciplina de LIBRAS no dia 10/09/09 com a professora Caroline Comerlato Sperb aprendi que o termo correto para mencionar uma pessoa que não ouve é surdo e não surdo-mudo como empregava anteriormente. A pessoa surda não é muda, pois ela emite sons. Portanto devemos apagar esta idéia.
LIBRAS é a Língua Brasileira de Sinais e tem sua origem na França. A LIBRAS possui sistema lingüístico e gramática e pertence ao Brasil.
São características da LIBRAS: não é mímica, é uma língua natural, gestual e visual, com expressão facial e corporal que surgiu da necessidade de comunicação “de usarem um sistema lingüístico para expressarem idéias, sentimentos e emoções. As línguas de sinais são sistemas lingüísticos que passaram de geração em geração de pessoas surdas. São línguas que não se derivam das línguas orais, mas fluíram de uma necessidade natural de comunicação entre pessoas que não utilizam o canal auditivo oral, mas o canal espaço visual como modalidade lingüística. (QUADROS, 1997, p.47).”
Todo assunto referente a esta interdisciplina é completamente novo e muito interessante no sentido de reconhecer os surdos como indivíduos que têm os mesmos direitos e sentimentos semelhantes aos nossos, porém é diferente do ouvinte, não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psicológicas e culturais próprias.
À medida que amplio meus conhecimentos sobre esta temática posso entender a cultura surda e a língua de sinais ao encarar as pessoas surdas como capazes, hábeis, possibilitando a melhor comunicação social e afetiva com este grupo social que muitas vezes foi marginalizado e considerado impossibilitado de desenvolver suas potencialidades.
Outros aspectos importantes para uma boa comunicação com uma pessoa surda é o claro e apropriado contato visual, falar em sua frente, possibilitando que a boca fique bem visível e com expressividade.
As pessoas surdas que conheço utilizam apenas mímica para se comunicar porque não tem acesso a LIBRAS o que facilitaria a comunicação e a convivência social entre deficientes e não deficientes. Nos casos onde há intérprete de sinais a interação é mais fluente e possibilita uma comunicação bem mais aperfeiçoada, pois como aprendemos existem sinais que expressam uma mensagem e não há a necessidade de caracterizar cada letra para formar uma palavra. Por exemplo: pai: o indicador em formato de bigode, mãe: o indicador reto ao lado do nariz.
Para realizar a atividade 1 tivemos que realizar a leitura de textos que esclarece mais ainda a situação do surdo na sociedade e as tecnologias disponíveis para melhorar a qualidade de vida e sua integração no meio social e físico construído normalmente para os ouvintes.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

IV PORTFÓLIO
DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

Ao ler o texto: As origens da modalidade de currículo integrado de Jurjo Torres Santomé para realização da atividade em dupla refleti sobre alguns pontos que relacionam modelos empresariais e os sistemas educacionais.
“O movimento pedagógico a favor da globalização e da interdisciplinaridade nasceu de reivindicações de grupos ideológicos e políticos que lutavam por uma maior democratização da sociedade.
Mão-de-obra barata, desapropriação de conhecimentos, divisão social e técnica do trabalho, separação do trabalho manual e intelectual, poder de decisão centralizado, política de fragmentação dos empregos são algumas características presentes na filosofia fordista onde o que importa é a rentabilidade, fortalecendo a hierarquia de autoridade, o controle e a dominação.
O texto esclarece sobre a rotina de uma indústria automobilística com atividades mecânicas e monótonas, onde o ser humano perde sua autonomia e independência para submeterem-se as vontades da máquina.
E na educação? Quais relações podemos constatar?
Na educação as características são entre outras, não participação dos professores e alunos dos processos de reflexão crítica sobre a realidade. Os conteúdos culturais que formam o currículo escolar se tornam descontextualizado e as disciplinas trabalhadas de forma isolada, semelhante ao mundo produtivo. As diretrizes escolares determinadas por especialistas, onde uns planejam e decidem e outros obedecem e executam. O que importava eram as notas escolares que representavam a mesma coisa que os salários para os operários.
Estes aspectos educacionais ainda estão presentes na realidade educacional em situações diversas onde muitas vezes os professores preferem se acomodar e não participar das decisões da escola, onde cada professor se considera responsável pelo conhecimento de sua área de atuação. Portanto são heranças fordistas.
Os avanços educacionais estão ainda centrados nos discursos, distantes da ação e da intervenção, valorizando os aspectos cognitivos baseados na memorização de conteúdos e grande preocupação com avaliação externa, com os resultados e não com o processo.

domingo, 13 de setembro de 2009

LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

III PORTFÓLIO
LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

“Nem toda escrita é formal e planejada, nem toda oralidade é informal e sem planejamento.” Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006) texto para realização da atividade do módulo II da interdisciplina de Linguagem e Educação.
Na prática cotidiana percebemos em muitas situações em que a escrita não é formal e planejada, por exemplo, ao escrever um recado para a família de um aluno em seu caderno procuro utilizar palavras que facilitem o entendimento de acordo com a realidade da comunidade com clareza e simplicidade. Quando me manifesto oralmente em uma reunião de diretores preciso planejar para empregar os termos corretos e que esclareça o que pretendo transmitir se repetições desnecessárias, sem ambigüidade, portanto mais formal.
Neste mesmo texto aprendi que a palavra letramento ainda não está dicionarizada, esclarecendo o quanto é complexo o seu conceito e que as práticas de letramento mudam segundo o contexto.
O texto também destaca um ponto que considero bem importante em se tratando da oralidade e da escrita baseadas em suas semelhanças constituídas, pensando da seguinte maneira: “A aquisição da escrita como um processo que dá continuidade ao desenvolvimento lingüístico da criança, substituindo o processo de ruptura que subjaz e determina a práxis escolar.”
O que é valorizado na escola nestes aspectos? O conteúdo planejado e os livros didáticos ou é as falas dos alunos que caracterizadas pelo seu contexto que podem enriquecer as aulas com dinâmicas mais atrativas ou exercícios menos mecanizados de repetição e com palavras distantes da nossa realidade que preenche páginas dos livros e são empregados como determinantes do rumo que damos a aula. Muitas vezes estes materiais são produzidos para uma realidade bem diferente da nossa, desvalorizando as práticas discursivas familiares o que aumenta o distanciamento entre a língua escrita e a língua oral.
A alfabetização precisa ser entendida como inclusão social, favorecendo a vivência do aluno em diferentes situações de leitura e gêneros textuais com funções diversificadas.
Segundo Magda Soares a alfabetização é a aquisição do sistema da escrita e da leitura, mas não adianta aprender uma técnica e não saber usá-la. “Letramento é a utilização desta tecnologia em práticas sociais de leitura e de escrita.” (SOARES, 2003)
Desta forma, além de trabalharmos com uma diversidade de textos que circulam socialmente, devemos levar os alunos a construir o sistema de escrita alfabético. Neste sentido é preciso considerar na escola algo muito importante que ouvi em uma palestra: alfabetizar letrando e letrar alfabetizando

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

II PORTFÓLIO
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Na interdisciplina da EJA recorremos à história da educação no Brasil num contexto marcado por programas fragmentados, conforme o processo de trabalho e economia se desenvolvia em determinada época.
Inicialmente aprender a escrever o seu próprio nome era suficiente, pois o trabalho braçal era destaque na economia e não exigia a apropriação de muitos conhecimentos. Com o desenvolvimento industrial e a utilização de máquinas a exigência era ler, escrever e contar.
Com as transformações econômicas do mundo moderno onde a micro-eletrônica exige cada vez mais o acesso a saberes diversificados e a atualização constante para garantir ou conquistar um emprego, muitas pessoas procuram a EJA como uma alternativa de suprir, complementar, aperfeiçoar e desenvolver habilidades e competências mesmo depois de adultos ou idosos.
O Parecer CEB 11/2000 cita que as funções da EJA são: reparadora no sentido de desfazer as desigualdades históricas oportunizando o acesso ao conhecimento formal nesta modalidade diferenciada de ensino. A função equalizadora ao restabelecer a trajetória escolar e inserir no mundo do trabalho e da cidadania e a função permanente que se refere a atualização ao longo da vida, pois sempre temos algo novo para aprender.
Estas são aprendizagens novas que estou iniciando nesta etapa do curso e que despertam muita atenção para os problemas sócio-cultural presentes na história do Brasil: a discriminação, a submissão do desfavorecido aos poderosos, as minorias, a violência, a política de formação de docentes e dos tipos de cursos da EJA, entre outros que ao longo do semestre teremos oportunidade de aprender.
Ao ingressar numa turma da EJA as pessoas também se tornam mais esclarecidas para reivindicar a participação social a partir da apropriação dos conhecimentos para entender a realidade e agir de forma consciente enquanto sujeito de direitos e deveres. Seria este também o papel muito importante da EJA e de todas as modalidades de ensino. A preocupação em formar cidadãos críticos e autônomos para agir num mundo cada vez mais competitivo. Para que aconteça na prática estas transformações a escola precisa refletir sobre os pressupostos que direcionam a aprendizagem dos alunos, fazendo a conexão entre a teoria e a prática.
Até então tinha conhecimento dos exames supletivos realizados pela SEC RS com provas anuais que crescem a cada etapa o número de inscritos e a idade está diminuindo, pois até um tempo atrás a procura era principalmente por pessoas adultas que queriam concluir seus estudos e conquistar um diploma, porém agora parece uma fuga do ensino regular de adolescentes. Foi o comentário que ouvi na 11ª CRE em Osório de uma funcionária que organiza a realização dos exames na região do litoral norte.
A partir da LDB 9394/96 o Ensino Supletivo é substituído pela EJA, permanecendo, apenas no caso de exames.
Esta é a realidade da nossa região, pois não há turmas de EJA na rede pública na nossa região.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

I PORTFÓLIO VII SEMESTRE
DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
No enfoque temático I o objetivo principal era a reflexão sobre as marcas que as práticas pedagógicas deixam em nossas vidas.
Ao fazer um retrocesso na minha carreira profissional ao longo de mais de vinte e cinco anos e durante a vida de estudante, constatei que muitas marcas que considero ter como professora na realidade é a continuidade daquilo que despertou meu interesse pelo magistério, movida pelo desejo de contribuir para o desenvolvimento integral do aluno. As atitudes que humilham os alunos ridicularizam ou desprezam, por exemplo, não pratico e nem aceito em minha sala de aula, pois lembro muito bem do quanto marcou em minha vida um professor que agia desta forma. E ainda temos professores que agem assim...
Na história indicada para a primeira atividade: “O menininho” de Helen Buckley, analisei como os professores podem influenciar os alunos positivamente ou negativamente.
Qual a verdadeira capacidade que a escola tem para despertar indivíduos criativos, críticos e autônomos? Podemos perceber através dos exemplos da história do menininho.
Muitas vezes temos medo de ousar e dúvidas quanto ao quê, quando e como ensinar.
No enfoque temático II conhecemos a vida e a obra de Comênio: “O pai da Didática.”
Inicialmente imaginei que devido ao seu ano de nascimento (1592) seriam ensinamentos ultrapassados para compararmos com os atuais, porém ao ler os elementos destacados da pedagogia de Comênio, constatei que pertencem ao cotidiano escolar atual. Entre elas o respeito à capacidade de compreensão do aluno. Progredir do fácil para o difícil. O cuidado com a motivação dos alunos. Incentivar os alunos a ensinarem uns aos outros. O bom relacionamento entre professor e aluno. São algumas concepções muito presentes na minha fundamentação sobre a aprendizagem ao longo da minha carreira.
Na aula presencial a professora Luciana Picolli deixou bem claro que por mais que tentamos sair da realidade do contexto em que estamos inseridos, fazemos uso de idéias concebidas ao longo de nossas aprendizagens como aconteceu com a atividade de criar uma escola em grupo, onde muitas alternativas se repetiram.
“Didática significa a arte de ensinar.” Do livro Didática Magna de Comenius.
As perspectivas que tenho em aprender sobre a nossa prática são muitas nesta interdisciplina!

terça-feira, 30 de junho de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Retomar a aula 2 Ação a partir da Epistemologia Genética, analisando o conteúdo que escolhi trabalhado em minha sala de aula de acordo com concepção construtivista, exigiu a releitura do texto: O que é Construtivismo? De Fernando Becker, comparando-o com a atividade realizada pelos meus alunos para identificar o que mudaria ou não, refletindo teoricamente sobre a prática. Além da pesquisa em diversos textos estudados neste semestre.
Conforme o conteúdo que descrevi os alunos tiveram que refazer o percurso de casa até a escola mentalmente, abstraindo o conhecimento que possuíam, Observando o meio físico que estava ao seu alcance nas proximidades da escola. Analisaram o material que dispunham e interagiram através de debates, gerando conflitos e acordos através da reflexão para construir a planta ou a maquete da localidade onde moram com a devida legenda, tendo o cuidado de proporcionar o entendimento para os demais que visualizassem.
Os alunos construíram seus conhecimentos na interação com o meio tanto físico como social, portanto fundamentada na concepção interacionista.
Este início da atividade manteria desta maneira, pois segundo o construtivismo é preciso agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida pelos alunos e professores, partindo do que nos cerca a aos poucos integrar outras realidades mais distantes.
Analisando a partir dos estádios de desenvolvimento de Piaget em que a ordem de sucessão é constante e as idades são variáveis, sendo que os alunos podem pertencer a estádios diferentes numa mesma turma. A dificuldade que alguns componentes de um grupo encontraram em acompanhar o raciocínio do colega na relação direita e esquerda. Certamente estão no período pré-operatório, pois a irreversibilidade é característica presente. Enquanto outro grupo possuía esta característica e facilmente localizava o que pretendia, portanto situam-se no período operatório-concreto, embora estas não são as únicas características destes estádios.
Neste aspecto mudaria a formação dos grupos, distribuindo componentes pertencentes a estádios diferentes em um mesmo grupo para favorecer a troca e as constatações nas argumentações de quem possui as noções, realizando trocas de argumentações e constatações. Desta forma a aprendizagem seria mais significativa e o trabalho mais produtivo.
Ao refletir sobre a prática ocorre o despertar da consciência da estrutura do meu pensamento que estava limitado mais no resultado alcançado pelos alunos. Ainda nos detemos muito na finalização do trabalho. Não percebemos e observamos o percurso que cada aluno percorre. Foi preciso romper com o senso comum e desta forma construí uma concepção interacionista a partir da apropriação da teoria estudada.

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Para a realização da atividade 11 da interdisciplina de Psicologia da Educação após as leituras indicadas: Reflexões sobre a Moralidade na Escola de Liseane Silveira Camargo e Significações de Violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança? De Jaqueline Picetti, destaco as considerações que entendi e que considero bem relevantes no ambiente escolar.
Há situações em que ocorre o exercício da autoridade do professor sobre a criança visando à obediência pura e finita, provocando até o medo com o objetivo de efetivar a autoridade e manter a ordem, sendo nomeada por Piaget de unilateral.
Na escola a autonomia deve ser propiciada em todos os momentos desde o início da escolarização nas relações em que ocorrem trocas de saberes, na cooperação, no respeito e na igualdade de todos os envolvidos no processo educacional
A moralidade está presente na escola por ser um ambiente baseado em relações interpessoais, objetivando estabelecer os direitos e os deveres.
Entender porque os alunos agem de forma agressiva no ambiente escolar faz com que reflita sobre a violência, a indisciplina, a falta de cooperação, a agressividade verbal e física, a empatia: quando indago se gostariam de serem tratados de forma bruta.
As atitudes apresentadas pelos alunos podem estar relacionadas com a maneira agressiva que suas famílias tratam-nos ou na falta de limites, no exibicionismo para atrair a atenção de todos, na vontade de submeter os demais a sua vontade, bem como na busca por sua identidade e afirmação no grupo social.
Ao considerar que o meio favorece a violência e a indisciplina, estou tendo uma concepção empirista do comportamento, sendo a experiência do ambiente que impõe algo sobre si mesmo. (Piaget, 1987).
Quando coloco que são as características de sua personalidade constituídas na família e isto está determinado geneticamente, tenho uma concepção inatista. (Piaget, 1987)
Segundo a concepção interacionista de Piaget, nesta faixa etária entre os 9 e 10 anos os alunos está construindo as noções de valores morais. Então eles conseguem pensar apenas a partir da sua maneira própria, não conseguindo colocar-se no lugar do outro, sendo característico do processo de desenvolvimento moral, conforme estudado por Piaget, onde seus atos são avaliados segundo seus resultados, independente de suas intenções.
A partir desta atividade tive a oportunidade de refletir sobre muitas atitudes e ações que ocorrem em minha escola e que são consideradas violentas pela comunidade escolar, tais como palavras agressivas, trocam insultos diante de fatos que procuram ser justos ou revidam o que ocorreu, mas acabam sendo estúpidos. Até que ponto as discussões e manifestações dos alunos podem ser consideradas violência ou quando falamos nela estamos sugerindo que aconteça, sendo essa a interpretação que a criança pode dar.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

A atividade de elaboração do mapa conceitual exigiu a síntese de diferentes aprendizagens estudadas durante o semestre, sendo que algumas já estão presentes no portfólio, tais como os estádios de desenvolvimento de Piaget.
A aprendizagem é determinada pela ação do sujeito através da interação com o meio que promove a construção do conhecimento. E é a aprendizagem que possibilita a assimilação que resulta na equilibração.
Esta atividade foi realizada em grupo juntamente com a Delaine e a Marli Joaquim.
Mesmo sendo em grupo não foi nada fácil! Tivemos que reler os textos, refletir e interligar os conceitos com os devidos verbos. Para aprimorar nossos entendimento e aperfeiçoar a nossa aprendizagem também tivemos que refazer o mapa conceitual, pois nem todos os conceitos ficaram claros para todas as componentes do grupo e diante das incertezas não como argumentar com convicção.
Conforme o comentário da tutora da interdisciplina: Mirtes o grupo deveria optar entre refazer ou não, mas sempre é melhor retomar, debater e adquirir mais conhecimentos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO

As aprendizagens são muitas neste semestre na Interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais na Educação e a seguir menciono algumas considerações importantes que destaco:
A legislação brasileira garante a todos o direito à escola.
É preciso despertar a consciência política de que perante as leis somos todos iguais, temos direitos e deveres que devem ser respeitados. Procurar ajuda especializada visando o desenvolvimento de pessoas com necessidades educacionais especiais para que possa progredir em seu desenvolvimento integral faz parte destes direitos garantidos por leis. Toda a sociedade terá benefícios com estas atitudes, porém para que isto ocorra não podemos assistir cenas de discriminação e preconceito e considerar normal.
Na escola determinadas ações e reflexões são essenciais para que todos os alunos desenvolvam todo o potencial que tem:
Respeitar o limite e o ritmo de cada um e propor as mesmas atividades para toda a turma. A criança não pode freqüentar a escola apenas como um passatempo ou apenas para fazer parte das estatísticas de inclusão.
O conceito de inclusão precisa estar presente no projeto político pedagógico da escola.
Ao aprender a conviver com a diversidade as crianças se tornam mais solidárias, tolerantes e responsáveis pelos outros.
Quando planejar as aulas e brincadeiras é preciso pensar em estratégias para o aluno com necessidades especiais também participe.
“O planejamento que valoriza as características do aluno e do contexto social, a avaliação que tem o aluno como parâmetro de si mesmo, o trabalho pluridocente, dentre outros.” Segundo o texto A INCLUSÃO E SEUS SENTIDOS; ENTRE EDIFÍCIOS E TENDAS DE Claudio Roberto Baptista, página 7. Quando planejarmos nossa aula precisamos conhecer e analisar a realidade de vida do aluno, quais são os seus interesses, avaliando cada progresso que alcança por menor que seja sem comparar com os demais colegas. É preciso ver o seu próprio crescimento e contar com a ajuda da equipe de apoio e ajuda de outros professores e profissionais da saúde que auxiliam na busca da integração social e da aprendizagem.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA ESCOLA

DIVERSIDADE ÉTNICA E RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE A PRÁTICA: considerações finais
Os alunos realizaram trabalhos em grupos com materiais coletados e informações obtidas, entrando em contato com o tema diversidade cultural na construção do povo brasileiro, compreendendo que o negro contribuiu para a história e o desenvolvimento do Brasil, pois analisando o artigo da revista Nova Escola de novembro de 2005 um grupo de alunos descobriu que os negros trouxeram para o Brasil tecnologias avançadas para a época, tais como técnicas: de irrigação por canais, de pecuária, de tecelagem, de olaria que ainda são utilizadas. Coletaram dados sobre a África atual. Localizaram principais cidades no mapa do continente africano de onde partiram os negros para o Brasil como escravos.
Outro grupo de alunos pesquisou na cartilha: “O negro no RS”
Na entrevista realizada com uma pessoa idosa da comunidade as crianças se depararam com as dificuldades enfrentadas na sociedade ao longo da história dos afro-descendentes, as questões que envolvem o trabalho, a mestiçagem, os alimentos, lendas e costumes.
Na leitura de imagens sobre o negro os alunos analisaram diversas situações envolvendo o trabalho a partir de pinturas feitas por diferentes autores. Concluíram que cada autor colocou de acordo com o seu ponto de vista, sendo que o negro tanto aparecia sofrendo castigos físicos, mas também era retratado com um empregado do branco e que cumpria ordens pacificamente, omitindo os casos de espancamentos, amenizando a brutalidade da vida dos escravos.
Pesquisas foram realizadas e para compor a lista de personalidades negras ilustres na música, nos esportes, no meio artístico, na política, porém perceberam que a posição do negro ainda é muitas vezes de submissão ao exercer funções inferiores ao branco, como bem citaram: “quase sempre nas novelas os negros são empregados dos brancos.”
Na escola devemos buscar informações sobre as contribuições culturais e históricas do negro para o Brasil, valorizando aspectos positivos no aluno afro-descendente para elevar sua auto-estima, tendo o cuidado de não reforçar o preconceito e a discriminação geralmente existente no ambiente escolar embutidos em piadas, apelidos, ditos populares, acusações, implicâncias.
Os alunos reconhecem que existem entre os negros o senso de inferioridade devido à condição em que viveram, porém devem ser eliminados os preconceitos e as discriminações em nossa sociedade e cada um deve contribuir para impedir a propagação do sentimento de menos valia.
A criança negra precisa se ver como negra, aprender a respeitar a imagem que tem de si mesma e ter modelos que confirmem essa expectativa.
A partir da temática desenvolvida todos os alunos da escola tiveram a oportunidade de entrar em contato com outros aspectos relacionados à cultura e a história do negro no RS e no Brasil, enriquecendo seus conhecimentos na valorização da identidade negra numa perspectiva de contribuição e de igualdade de direitos e de deveres ao problematizar questões étnico-raciais na escola.

QUESTÕES ÉTNICO- RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Os povos indígenas conforme o texto extraído do livro: “Os Índios no Brasil: quem são e quantos são.” de Gersen dos Santos Luciano, representante do povo Baniwa: “São aqueles que contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e a colonização que foi desenvolvida em seus territórios.” São, portanto os povos que querem garantir a conservação e a transmissão para as gerações que os sucedem seus costumes, suas crenças, as culturas, a língua, dando continuidade a história do povo indígena. O termo indígena refere-se às diversidades culturais, sociais, econômicas, políticas, espiritual de cada grupo de índios.
Cada povo indígena tem uma maneira peculiar de organização social, política e econômica original e outras que adquiriu a partir do contato com os outros povos, relacionado à concepção de mundo e de vida, baseada em mitos e ritos que conduzem a vida social em que a família é formada por muitas pessoas, reunindo parentes do patriarca ou da matriarca com as demais pessoas que se integram para atingirem objetivos específicos.
Os índios de um modo geral estão recuperando e resgatando seus valores em que os mais jovens estão elevando sua auto-estima, a autonomia, sua dignidade e o orgulho de ser índio, desta forma vão desfazendo os pré-conceitos que predominam sobre eles.
Para haver mudanças e conscientização de que não existem povos sem histórias, admitindo a diversidade cultural e nos corrigindo nas expressões comumente utilizadas, tais como: programa de índio, modos selvagens.
Desenvolver estudos e atitudes que valorizem todos os grupos étnicos baseados no respeito e na igualdade, pois nenhum povo é melhor do que outro porque é diferente, portanto os índios não são inferiores, necessitando ser civilizados e nem seguirem os padrões culturais dos brancos.
Identificar as diferenças presentes no próprio grupo de alunos e em outros grupos para que aprendam a encarar a diversidade com naturalidade e assim desmitificar o pré-conceito ao se falar dos povos indígenas, trabalhando as culturas, os diferentes povos, a formação étnico-racial.

domingo, 24 de maio de 2009

QUESTÕES ÉTNICO RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Com o objetivo de realizar a atividade solicitada na Interdisciplina de Questões Étnico- Raciais, conversei com cinco alunos de diversas etnias e perguntei como esses alunos se auto-identificam do ponto de vista étnico racial, sendo que dois adolescentes se consideraram negros. Uma jovem de quinze anos e um jovem de catorze anos. Ambos estudantes de escolas públicas.
A jovem relatou que se sente muito bem na escola em que estuda, porque todos lhe tratam com respeito. Fazem trabalho em grupo sem reclamar da sua companhia e participa de todas as atividades desenvolvidas na escola normalmente e que não percebe nenhum tipo de exclusão.
Nesta escola certamente a equipe diretiva, os professores e a comunidade escolar estão compreendendo a diversidade cultural, ocorrendo mudanças históricas e culturais, abolindo o preconceito e a discriminação e promovendo a igualdade entre todos os envolvidos no processo educacional.
Como podemos perceber a aluna tem auto-estima elevada e bom desempenho escolar, pois não reprovou nenhuma série e se considera estudiosa. Não possui sentimentos que a envergonhe de ser negra, provavelmente a família que incentiva os estudos, aconselha e ajuda-a para enfrentar as dificuldades que possam surgir, influenciando-a positivamente, conscientizando-a do valor pessoal que possui independente da aparência física.
As relações interpessoais no ambiente escolar estão baseadas na valorização que os professores dão a diversidade étnico-racial que compõe a comunidade onde a escola está inserida, reforçando o crescimento da auto-estima, atuando com compreensão e diálogo, possibilitando que a relação afetiva torne-se mais uma fonte libertadora no processo de aprender.
A escola em que esta menina estuda tem uma visão multicultural onde às dimensões citadas no texto: “Auto-Imagem e Auto-Estima na Criança Negra; um olhar sobre o Desempenho Escolar” de Marilene Leal Paré, certamente estão presentes na interação entre culturas diversificadas numa mesma comunidade baseada na espiritualidade, na harmonia, no afeto e no coletivismo onde o negro tem oportunidades iguais e possibilidades de manifestar sua cultura e sua história através da música, da dança, das festividades, de suas crenças e seus hábitos, embora pertença a uma comunidade formada basicamente por descendentes de imigrantes europeus.

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Retomando o trabalho em grupo sobre o método clínico que realizamos sobre a conservação do número, após a aula presencial, constatei que não havia necessidade de seguir exatamente o roteiro de registro e análise das provas como fizemos. Acreditávamos que não poderíamos mudar a seqüência, pois o resultado poderia ser alterado se começássemos de outra forma ou se deixássemos alguma intervenção sem fazer.
Como experimentadora prendi-me muito ao material impresso. Poderia ter sido mais livre de acordo com as colocações feitas pela criança, sem deter-me tanto a todos os questionamentos, pois foi facilmente identificado pelo grupo que a criança possuía noção de conservação, portanto essa seria uma modificação que tornaria o método clínico menos rigoroso diante de minha visão.
Como investigadora iniciante tive a preocupação em não sugerir a criança tudo o que queria descobrir, mas acredito que não precisaria dar tanto valor a cada fala, poderia ter sido mais flexível.
Com esta atividade tivemos a oportunidade de aplicar o método clínico como pesquisa, formulando hipóteses, acompanhando o raciocínio e o pensamento da criança. Também através do método clínico podemos identificar o conhecimento lógico matemático através da noção de conservação. Na alfabetização a relação tamanho do objeto e quantidade de letras, por exemplo, é determinada pela noção de conservação que a criança possui.
Aprendi que no método clínico o mais importante é instigar a criança, investigando as explicações dadas e não os acertos que ela poderá ter a partir das interrogações.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Portfolio de Psicologia

Na aula presencial do dia 14/05/09 a professora da Interdisciplina Psicologia II Jaqueline Picetti nos mostrou na prática a atividade que realizamos com uma criança aplicando o método clínico com a irmã da colega Tamires que tem sete anos de idade, oportunizando a análise a análise de como pode ser encaminhado este método para instigar e conhecer o processo como se constrói a noção de conservação e desta forma também podemos identificar em que estádio de desenvolvimento se encontra.
Sobre os estádios a professora exemplificou que no pré- operatório é como se a criança tirasse uma foto de cada momento e no operatório- concreto é como uma filmadora, pois ela acompanha o desenvolvimento, transforma e percebe que a quantidade permanece no caso da conservação.
O método clínico é importante para pesquisa, para a formulação de hipóteses, para o acompanhamento do pensamento do experimentado, o reconhecimento lógico matemático, na alfabetização para identificar se a criança relaciona, por exemplo o tamanho do objeto com o tamanho da palavra, enquanto que o experimentador em suas intervenções tem papel fundamental para conduzir suas investigações adequadamente, deixando a criança se manifestar naturalmente e elaborando perguntas que demonstram a linha de raciocínio da criança.
Um estádio de desenvolvimento está sempre integrado em outro. A cada novo conhecimento os estádios podem ocorrer nas experiências, inclusive depois de adultos passamos pelo estádio operatório- concreto quando aprendemos a manusear o mouse, a dirigir um veículo, por exemplo.
O grupo em que participei junto com as colegas Delaine e Marli Joaquim para aplicar o método clínico com uma aluna minha do 1º ano, sendo que desempenhei o papel de experimentadora e as colegas observaram e registraram o desenvolvimento. Foi uma experiência inovadora, mas acredito que “Ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”, segundo as características do bom experimentador na concepção de Piaget, necessita de teoria para fundamentar e prática para compreender como intervir favoravelmente no processo de aplicação do método clínico.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

FILOSOFIA DA EDUCAÇÂO

Portfolio
Ao assistir o filme O Clube do Imperador, percebi diversos conflitos morais que afligiram o professor, duvidaram de sua capacidade profissional e lhe fizeram refletir sobre seus princípios éticos e morais diante de decisões que deveria tomar, deixando-o indeciso diante das provas de dois alunos completamente diferentes na aprendizagem e no comportamento. Martin que era aplicado, estudioso, obediente, esforçado e atencioso. O outro aluno Sedgewick filho de senador era arrogante e prepotente. Desde que entrou na escola desafiava o professor com suas atitudes e ações, pois se apresentava irônico, sarcástico e incentivava seus colegas a seguir suas rebeldias e aventuras.
Foi na ocasião em que o professor fazia a análise final da escolha dos três finalistas do concurso Júlio César que surgiu o conflito moral e a dúvida entre dar uma oportunidade de crescimento e reconhecimento ao aluno desordeiro, colocando um sinal de mais em sua prova, desclassificando Martin ou ser honesto consigo mesmo e admitir que seus incentivos não foram suficientes e que o aluno não havia estudado o bastante, não sendo merecedor de sua contribuição, eticamente incorreta. O poder de decidir estava em suas mãos e como ele mesmo falou em aula: “O fim depende do início.” Nesta oportunidade poderia estar o começo de um fim promissor e com retidão para um aluno que estava tumultuando a rotina da escola.
A dúvida surgiu na ocasião em que o professor teve que confrontar uma situação profissional da vida real com as relações da sociedade. Ela interrompeu a retidão e a tranqüilidade, tomando uma decisão que promoveu a falta de ética e prejudicou um aluno, fugindo de suas responsabilidades.
O professor optou em classificar o aluno Sedgewick e desta forma Martin foi excluído dos finalistas no momento em que o sinal de menos se transformou num sinal de mais na prova do colega.
A decisão do professor foi uma decisão moralmente incorreta porque ele foi injusto, irresponsável, incoerente e desonesto com um aluno (Martin).
O que o professor deve decidir e fazer está diretamente relacionado com a meta que ele quer alcançar. Os seus princípios morais devem ser orientados por valores que visa promover, tais como a justiça, a igualdade, a honestidade, a sinceridade, a perseverança, o respeito, a responsabilidade, a coerência e a verdade.
As crenças que formamos sobre o mundo constituem o fundamento que utilizamos para tomar as nossas decisões e orientar as nossas ações.
A prática no cotidiano do ambiente escolar deve estar baseada em atitudes que visem à tomada de decisões moralmente corretas, independente de estarmos na sala de aula, na sala dos professores, com a equipe diretiva ou avaliando nossos alunos sem ninguém nos olhando para saber se estamos sendo justos, pois a honestidade está na nossa consciência em querer não prejudicar outra pessoa.

domingo, 3 de maio de 2009

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Refletindo as falas do professor Nilton na aula presencial da Interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação e participando do Fórum, considero que embora involuntário ou inconsciente, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica dentro da escola. Na prática pedagógica o estigma do fracasso escolar ainda é atribuído a carência cultural, as condições desfavoráveis da família, o local onde moram, e tantos outros que tentam justificar o insucesso escolar.
O racismo se manifesta no desprezo, na indiferença, no tratamento desigual, nas falas informais entre os professores, nas frases feitas, nos gestos...
Devido à heterogeneidade da população brasileira, muitas vezes tendemos a assumir estereótipos. Contra esse processo é necessário reconhecer as diferenças. Discutir a pluralidade cultural a partir das diferenças dos próprios alunos é uma forma de conduzir o tema de acordo com a realidade, como aconteceu com atividade do mosaico, reconhecendo as contribuições de cada etnia no processo de constituição da multiculturalidade brasileira.
São alguns exemplos.
A partir destas aulas planejadas no Enfoque V Etapa 1 contemplaremos aspectos culturais e históricos dos afro-descendentes e dos indígenas através da sensibilização da comunidade escolar, principalmente das crianças sobre a importância da entrada do negro no Brasil não somente para ser escravo do branco, mas também para contribuir com o desenvolvimento e crescimento do povo brasileiro em diversos campos e por isso devem ser respeitados e valorizados de igual forma, bem como o índio que era nativo.
De acordo com o desenvolvimento da aula planejada outros aspectos poderão ser abordados, inclusive sobre o modo de vida do negro no seu continente antes de chegar ao Brasil e que de acordo com o local de origem os costumes eram diferentes, as características físicas, o desenvolvimento nas técnicas de cultivo e de extração também e estas heranças foram incutidas no povo brasileiro, reconhecendo que os negros não eram todos iguais como muitos livros didáticos mencionam e tratam apenas do negro escravo e submisso a branco.

domingo, 26 de abril de 2009

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Durante o andamento do Fórum tive a responsabilidade de defender a decisão do antropólogo francês, argumentando que a sua missão era pesquisar sem provocar alterações na cultura dos nativos da ilha.
O respeito e a compreensão gerariam informações seguras e corretas sobre os costumes daquele povo, porém a mentira não justifica os argumentos.
Ao ser questionado pelos habitantes do local sobre sendo sua pele branca, seria um mensageiro dos deuses, ou as suas crenças estavam erradas, o antropólogo foi inconseqüente ao concordar com algo que tinha conhecimento da inverdade que estava afirmando, portanto ele não colocou em prática a ética e a moral que deve ser essenciais em todos os seres humanos, independente da profissão que exerçam.
Se os nativos iriam colaborar com os seus estudos ao permitirem ser observados, Claude deveria fazer a sua parte não omitindo a realidade, embora pudesse trazer inúmeras conseqüências à vida dos que viviam sob as perspectivas das crenças, mas se tivessem plena convicção do que acreditavam não teriam realizado a pergunta final: “Ou as nossas crenças são erradas?”
O momento propiciou uma oportunidade para Claude esclarecer as dúvidas dos nativos, contribuindo com o despertar para avaliar com mais cautela quando homens brancos se aproximassem da ilha não submetendo a todas as suas ordens que provavelmente seriam de exploração.
Se dissesse a verdade ele estaria valorizando a continuidade da cultura local, preservando-a contra a invasão de mal intencionadas que poderiam dizimar a população e destruir o patrimônio histórico e cultural.
Se futuramente necessitasse retornar a ilha para aprofundar seus estudos poderia não encontrar material para pesquisar.
A verdade deve prevalecer em todas as situações mesmo que provoque inicialmente muitas mudanças. Não podemos ser egoístas e nos acomodar diante do incorreto.
Conhecer e respeitar sim; discriminar e ter preconceito com outras culturas não. Ao falar a verdade ele estaria colocando em prática seu juízo moral, porém os nativos ficariam livres para modificarem sua forma de pensar ou não. Ele não iria impor suas idéias ou regras.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Lendo o texto de Tânia Beatriz Iwaszko Marques: Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento consegui agregar mais conhecimentos sobre o INTERACIONISMO, segundo a Epistemologia Genética de Jean Piaget, o conhecimento deve ser considerado como uma relação em que sujeito e objeto dependem um do outro, numa troca, provocando dois movimentos que se complementam, um ao incorporar e outro de acomodar (ação do sujeito sobre si próprio) “O aproveitamento das situações de aprendizagem dependem das estruturas já construídas até aquele momento e não, unicamente, da estimulação do meio, como quer o Empirismo.” Embora o meio tenha papel significativo.
A ordem da sucessão das construções de aquisição de conhecimento ocorre da mesma forma constante, porém a idade cronológica pode variar de indivíduo para indivíduo. Cada fase vivenciada vai integrando novas aprendizagens, passando de uma estrutura mais simples para uma mais complexa e reformulando novas assimilações (sujeito sobre o meio), abrindo cada vez mais possibilidades de aprender.
“Aprender é proceder a uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade.” (Inhelder, Bovet< Sinclair)
A novidade, segundo o texto citado acima, são as condições do meio físico ou social, dando grande importância à capacidade que temos de relacionar o novo e o velho e transformar em novas aprendizagens.
“São necessárias condições estruturais de desenvolvimento, para possibilitar a aprendizagem.”
Os estágios de desenvolvimento: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
Sensório-motor: é o período em que a criança interage com o meio e suas reações mudam as ser estimulada, bem como sua aparência física que vai adquirindo características próprias.
Tem início a capacidade de representar a realidade, baseado mais em ações, enquanto não desenvolve a linguagem. Na capacidade de aprender, predominam característica sensório-motor, utilizando os órgãos dos sentidos para realizar suas descobertas e satisfazer suas necessidades imediatas.
Visualiza os seres que estão ao seu redor, mas se for subtraído do seu alcance é como deixasse de existir para ela.
Esta fase estende-se de zero a dois anos de idade aproximadamente.
Pré-operatório: neste estágio a criança apresenta a capacidade de representar a sua realidade, manifestando formas diferentes através da imitação, do desenho, da imagem mental, do jogo simbólico e da linguagem que se desenvolve bem mais.
Nesta fase é marcante o egocentrismo, porque o seu pensamento está centralizado em um único aspecto da realidade, não consegue lidar com idéias diversas da sua porque ainda não há equilíbrio entre os processos de assimilação e acomodação.
Predomina a intuição e não a lógica. Não consegue inverter mentalmente a direção em relações de tempo e espaço.
Estas características geralmente estão presentes entre os dois anos e os sete anos de idade.
Operatório concreto: “O real é quem define as possibilidades.” Possui capacidade de construir a reversibilidade. Realiza ações mentais. Torna-se mais cooperativa, deixando de ser egocêntrica. Apresenta suas idéias com argumentação própria.
Constrói as operações lógicas através da abstração proveniente do mundo concreto.
Este estágio ocorre no período dos sete anos aos onze anos ou doze anos.
Operatório formal: período caracterizado pela capacidade de estabelecer relações entre teorias, produzindo transformações.
O real é apenas algo limitado, permitindo trabalhar o pensamento e assim compreender o mundo através de inúmeras possibilidades.
Desenvolve sua própria identidade, vivenciando muitas dúvidas e conflitos.
Inicia este estágio por volta dos doze anos.
A idade de uma pessoa não é critério considerado suficiente para sabermos em que período do desenvolvimento intelectual se encontra, pois depende também de experiências e conhecimentos anteriores, da sua maturidade e do meio social que pode influenciar para que o estágio seguinte aconteça mais rapidamente ou não. A seqüência dos estágios segue uma ordem, mas o tempo do desenvolvimento pode ser diferente de uma pessoa para outra, bem como de um meio social para outro.
Observei alunos que freqüentam o 2º Ano e que estão na faixa etária dos sete anos de idade. Constatei que se encontram no estágio operatório concreto porque possuem a capacidade de construir a reversibilidade ao perceber e comentar muito admirados que estar à direita ou à esquerda de alguém ou de alguma coisa, depende do ponto de vista escolhido. Suas representações são móveis e reversíveis.
Durante as brincadeiras, na localização de colegas ou objetos, na expressão corporal, por exemplo, estão presentes estas noções.
Consegue estabelecer reciprocidade, demonstrando atitudes e ações que visam à colaboração entre os colegas, o companheirismo, a troca de opiniões, procurando explicações para suas respostas.
Tem condições de construir operações lógicas provenientes do mundo concreto, por exemplo: iniciação da realização de operações matemáticas e do conceito de número, sentindo-se muito satisfeita quando consegue realizar cálculos sem a ajuda de material concreto.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Na aula 2 de Psicologia da Educação a proposta era de acordo com o conceito de ação para a Epistemologia Genética que é considerada a promotora da aprendizagem, deveríamos descrever um conteúdo trabalho desta forma que auxiliasse o desenvolvimento dos alunos.
Como estou trabalhando temas relacionados com o município fiz a descrição de conteúdos relacionados com a representação do espaço através de maquete, planta da localidade e elaboração de legenda em que moram os alunos: próximo a rodovia asfaltada ou mais no interior da localidade. Esta atividade foi realizada em grupo, sendo que cada grupo deveria descrever o trabalho realizado por outro grupo: quem fez a maquete, descrevia a planta do mesmo local. Desta forma os alunos foram constatando as diferenças e semelhanças na localidade.
A partir da ação prática de todos os envolvidos na atividade e com intervenções investigadoras da professora fomos construindo novos conhecimentos e noções de representação de espaço e suas relações, provocando mudanças ao transformar os conhecimentos prévios, debatendo e procurando soluções com a ajuda dos colegas.
A atividade partiu de algo concreto e real, porém foi necessário abstrair o pensamento e refletir como representar um local, proporcionando o entendimento também para quem visualizasse o trabalho.
Para aproveitar as constatações que ocorreram uma nova atividade surgiu: os dois grupos que representaram um mesmo local deveria se unir e defender as vantagens de morar próximo a rodovia e os que moram no interior defender os benefícios de viver neste ambiente sob todos os aspectos, possibilitando o confronto de idéias.
Considero que desta forma ocorre à aprendizagem de conceitos de forma mais significativa, dinâmica, favorecendo a assimilação ativa e a interação.
Conforme a aula presencial de 16/04/09 o Interacionismo está baseado em CONSTRUIR – QUESTIONAR. De acordo com a atividade anterior em que os alunos agiram e problematizaram a ação, partindo dos conhecimentos que já possuíam.
Nesta aula presencial foi esclarecido através de teorias e exemplos colocados pela professora Jaqueli Picetti sobre as concepções epistemológicas que estamos estudando neste semestre, resumindo:
EMPIRISMO: ESTIMULAR E MOTIVAR.
APRIORISMO: FACILITAR E AUXILIAR.
Identifiquei mais claramente o Apriorismo em que o aluno é considerado pelo professor o condutor do saber e que necessita trazer à consciência, organizar, rechear de conteúdos. Como exemplo a professora Jaquelini citou os Cantinhos da Leitura e da Matemática em que fica exposto na sala de aula material para que o aluno floresça seu conhecimento. Exatamente o que realizei em minha sala de aula segundo instruções do curso que estou participando promovido pela Secretaria Estadual de Educação do RS: Escola Ativa, destinado para as escolas que trabalham com turmas multisseriadas, portanto está fundamentado na concepção apriorista.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

PSICOLOGIA II
Ao refletir sobre minhas colocações ao conceituar aprendizagem, conhecimento e o ensino na escola, na atividade do Eixo II e relacionar com o texto Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos de Fernando Becker, constatei quais os fundamentos que serviram de base para as conclusões que argumentei anteriormente
Ao acreditar que o conhecimento é a condição de compreender, transformar, agir, incorporar algo novo, através da ação, com conteúdos significativos, experimentando, levantando hipótese, valorizando os conhecimentos que o aluno possui numa troca compartilhada na construção do conhecimento, estou agindo conforme o modelo pedagógico relacional, ou seja, a epistemologia construtivista, bem como ao concluir que a aprendizagem é contínua, que o aluno tem capacidade de aprender sempre, independente do meio social ou físico em que está integrado. Para isto o professor precisa estar atento para identificar o que o aluno já sabe para dar continuidade, recriando, buscando a construção de um mundo melhor ao conscientizar-se que sua participação é fundamental na construção da história.
O conhecimento baseado na exploração dos sentidos do corpo humano, ou seja, do meio físico e/ou social é resultado da concepção epistemológica predominantemente empírica. Quando penso que a aprendizagem ocorre quando o aluno toca, sente, manipula, ouve, enfim como se não possuísse conhecimentos anteriores, experiências, noções e apenas o professor ensinasse, transferindo o conhecimento através da repetição, de exercícios escritos, cópias, sendo o aluno um agente passivo e receptor de informações. Não há oportunidades de manifestar suas curiosidades, críticas, suas produções, exporem seus anseios e suas dúvidas.
Nesta visão empírica o aluno não aprende e o professor não ensina, pois não há a interatividade no ambiente escolar quando o professor julga-se dono da verdade, detentor dos saberes. A sala de aula é um lugar silencioso e ultrapassado.
Para que ocorram mudanças em nossas escolas ao elaborar a proposta pedagógica os integrantes da comunidade escolar devem aprofundar seus conhecimentos, identificar, posicionar-se e criticar construtivamente as concepções epistemológicas que fundamentam o processo ensino-aprendizagem, visando à melhoria da qualidade do ensino e o desenvolvimento integral de todos os alunos.
Questões Étnico-Raciais na Educação
A leitura do texto: “EM BUSCA DE UMA ANCESTRALIDADE BRASILEIRA” de Daniel Mundurucu, nos faz refletir a questão da nossa origem na formação da identidade, do “eu” que descrevemos na ATIVIDADE 1, procurando reconhecer características físicas e internas em nossos ancestrais ou outras pessoas com as quais nos identificamos.
Assim como o índio analiso na minha vida pessoal: será que é necessário ausentar-se do ambiente que cultivamos para enxergá-lo vantajoso. Percebo o quanto carrego comigo os ensinamentos de outras pessoas, quantos conceitos formei, quantas virtudes adquiri, quantos aprimoramentos desenvolvi e quanta angústia transmiti.
O velho Apolinário, avô de Daniel na história nos surpreende com estas frases; “Existem apenas duas coisas importantes que as pessoas saibam para viverem suas vidas: 1) Nunca devem se preocupar com as coisas pequenas. 2) Todas as coisas são pequenas.”
Quanta sabedoria reconheço na humildade das palavras que ensinam de acordo com a sua cultura, mas que é apropriada para todas as culturas.
“A angústia nasce da necessidade de escolher.” Outras sábias palavras retiradas do mesmo texto. Se as outras pessoas decidissem por nós e assumissem as conseqüências, o quanto tudo seria mais simples na nossa vida!
Foi refletindo nestas temáticas que construí os textos: Como me vejo. Como os outros me vêem da atividade 1 da interdiciplina.
Como estou educando ao incutir valores nas pessoas com as quais convivo, pois se “educar é incutir valores nas pessoas”, segundo o texto. Percebo tantas semelhanças na maneira de agir e reagir de meu filho parecido comigo, bem como traços físicos. Além de analisar a ancestralidade também estou refletindo sobre a descendência, e a continuidade da história.
Para aprofundar o entendimento acerca da composição étnico-racial do nosso entorno realizamos com os nossos alunos um MOSAICO ÉTNICO-RACIAL que foi construído em conjunto com todos os alunos.
Com esta atividade descobri que alguns alunos ainda alimentam preconceitos e discriminação racial com os afro-descendentes ao realizar determinados comentários. E quais os conhecimentos que possuem sobre sua ancestralidade.

domingo, 5 de abril de 2009

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
No dia 23 de março tivemos nossa aula presencial da Interdisciplina de Filosofia da Educação com os professores Luiz Carlos Bombassaro e Leonardo Sartori Porto professor do Pólo de São Leopoldo e a tutora Fabiana Mathias.
A Filosofia em minha vida:
Quando cursei o Magistério tive aulas de Filosofia que considerava muito importante, porque nos explicava determinadas formas de pensar e de agir de diversos povos e em diferentes épocas. Era uma complementação das aulas de história e tinha aqueles pensamentos de autores famosos com lindas palavras!
A partir da aula presencial por intermédio da falas dos professores entendi a Filosofia como uma ciência social que desafia o senso comum, o pensamento conservador não consegue argumentar sobre determinada situação, pois é dogmático. A Filosofia contra-argumenta, pois é crítica, argumentativa, entende a educação como um processo participativo na sua pluralidade cultural e social.
Ao realizar a ATIVIDADE 1 em que devíamos formalizar os argumentos, identificando as premissas e a conclusão aprendi através destes exercício e dos exemplos citados o conceito de argumento, conclusão e premissa.
“ARGUMENTAR É TER A INTENÇÃO DE CONVENCER OU JUSTIFICAR.”
“ PREMISSA: AQUILO QUE JUSTIFICA A CONCLUSÃO.”
“CONCLUSÃO: AQUILO QUE SE QUER JUSTIFICAR.”
Foi uma maneira bem prática de introduzir o tema. Na aula presencial uma atividade semelhante foi realizada em grupo, mas os textos eram bem mais extensos e não foi fácil identificar os argumentos.
Participar no fórum para debater os argumentos em grupo do texto fornecido pelo professor foi mais uma atividade bem enriquecedora para aprendermos a argumentar, encontrar evidências e definir, justificando a decisão do antropólogo que no caso do meu grupo deveria defender suas decisões.
Certamente durante o semestre teremos muitas oportunidades de exercitar o debate de argumentos, contra-argumentos para encontrar conclusões. Reconheço que necessito desenvolver esta temática com mais profundidade para aprender a argumentar.

segunda-feira, 30 de março de 2009

SEMINÁRIO INTEGRADOR

No decorrer do V semestre do curso de Pedagogia desenvolvemos na interdisciplina Seminário Integrador um Projeto de Aprendizagem em grupo, partindo da escolha da pergunta: O que determina diferentes grupos sanguíneos? À medida que pesquisávamos e nos reuníamos o projeto foi se esgotando, porque ao elaborarmos o segundo mapa conceitual encontramos a resposta para a pergunta ao constatarmos que os genes são os determinantes dos diferentes grupos sanguíneos.
Bem próximo do final do semestre fomos solicitados pela professora Nádie a dar início a um novo projeto e este foi direcionado para um tema bem pertinente e produtivo: Como o lixo pode ser reaproveitado no município de Itati?
Elaboramos as dúvidas, as certezas e um mapa conceitual.
Após as férias na primeira aula presencial do VI semestre tivemos a oportunidade de assistir a apresentação dos projetos de aprendizagem de outros grupos de colegas do curso, enriquecendo nossa aprendizagem e esclarecendo algumas dúvidas que ainda tínhamos.
Considero que o grupo que pesquisou sobre a origem da rosca em Três Cachoeiras deve ter tido bastante trabalho, mas ficou bem completo e organizado, servindo de exemplo para todos.
A partir do Projeto de Aprendizagem aprendi uma nova metodologia de pesquisa para construir o conhecimento que nos faz refletir sobre as dúvidas, certezas e hipóteses que possuímos, partindo do conhecimento prévio, encaminhando para outros temas, através de pesquisas em diversas fontes com o envolvimento de várias disciplinas, portanto o planejamento deve ter a concepção interdisciplinar e os caminhos percorridos são imprevisíveis.
O mapa conceitual visualiza e sintetiza a aprendizagem, podendo também ser fonte de avaliação.
O professor não impõe o tema, pois parte do interesse e da curiosidade do aluno, mas orienta todo o processo que deve proporcionar conhecimentos, debate, a produção e a elaboração de conceitos.
A aula torna-se mais atrativa e dinâmica.