quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Psicologia da Vida Adulta

Quando formamos um grupo na aula presencial de Psicologia para estudar uma temática da vida adulta diante de inúmeras sugestões colocadas pelos colegas, logo mencionei a questão do comportamento tão diferenciado na terceira idade até considerado pela sociedade como fora do padrão normal. Os componentes do grupo imediatamente foram colocando situações em que as pessoas da terceira idade estão tendo atitudes semelhantes aos adolescentes.

Enquanto alguns após os sessenta anos estão muito acomodados e sentindo-se no final da vida como se tivessem cumprido uma missão e só lhes resta esperar pela morte como acontecia em épocas passadas com quase totalidade dos idosos; outros buscam liberdade para fazer escolhas, direcionar seus atos, rever conceitos e valores, participar ativamente de atividades físicas e mentais, aprenderem informática, ingressar em auto-escola, demonstrando extrema preocupação com a vaidade o que anteriormente não era prioridade, grande dedicação de tempo com o seu bem estar e um novo relacionamento amoroso, demonstrando formas de manifestação como se fossem adolescentes: busca de novos sentimentos e desejos, demonstração de impaciência, de intolerância e enfrentamento de desafios e contrariedade da família. Este grupo será motivo do nosso estudo.
As pessoas que se encontram na terceira idade sofrem diversos preconceitos e enfrentam muitos mitos, principalmente quando se trata de sexualidade, pois em geral na sociedade são considerados incapazes de exercerem sua sexualidade mesmo que o desejo se faça presente.
A diminuição física está presente em todo o processo da vida e não pode ser a única característica da velhice. Não há somente perdas nesta etapa e abandono de planos e de perspectivas, pois há ganho de autonomia, liberdade, acúmulo de experiências, amadurecimento e sabedoria.
A pessoa que consegue envelhecer saudável aprende a conviver mais facilmente com as mudanças naturais que a idade lhe confere.
Em qualquer idade as pessoas precisam de amor, atenção e companhia, fatores que ajudam a melhorar o estado de saúde, o humor, a convivência ao viver emoções novas e prazerosas, principalmente nesta fase em que surgem normalmente mais doenças.
Na terceira idade podem entregar ao momento sem pensar no enfrentamento da vida, na concepção, provocando um estado de plenitude, alegria e contentamento, sendo a qualidade do relacionamento mais importante que a quantidade, bem como nas relações íntimas, conservando as fantasias da juventude e o parceiro ideal, equilibrado e fiel.
Ocorre a fuga da redução da vida ao cotidiano do idoso tradicional para integrar-se a sociedade moderna e se adaptar as evoluções da modernidade.
Satisfação com a própria vida e desejo de prolongar o tempo de vida, buscando alternativas de completar seus desejos.
Apesar das inúmeras repressões culturais vivenciadas pelos idosos, os grupos da terceira idade surgiram como algo moderno, principalmente para as mulheres, pois neste espaço elas encontram facilidade de vivenciar novos relacionamentos amorosos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO

O TEXTO: “NOÇÕES GERAIS SOBRE O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL” de José Marcelino de Rezende Pinto e Thereza Adrião trata sobre o financiamento da educação: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a qualidade do ensino.
Para compreender a realidade da educação no Brasil é necessário conhecer um pouco da história do financiamento e segundo os autores do texto a divisão é feita em três fases: 1ª 1549 a 1759 o estado delegou aos jesuítas a exclusividade do ensino público no país. 2ª expulsão dos jesuítas até o fim da República Velha, período em que ocorreram buscas de fontes autônomas de financiamento ou se previam dotações orçamentárias. 3ª Constituição Federal de 1934: vinculação de um percentual mínimo para a educação: a União e os municípios nunca menos de 10% e os estados e o distrito federal nunca menos de 20%.
Na Constituição de 1937 não consta percentual para a educação na vinculação dos recursos. Era um período de ditadura militar no Brasil.
Outro tema tratado no texto são os gastos com a manutenção e o desenvolvimento do ensino (MDE) atualmente, estabelecendo quais as despesas que não são permitidas e quais são, entre elas: aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino.
A vinculação da receita de impostos à manutenção e desenvolvimento do ensino: 18% União; 25% estados e municípios no mínimo. No RS a Constituição Estadual prevê 35%.
Alguns programas do MEC: Livro Didático, alimentação escolar, Programa Nacional Biblioteca na Escola, Programa de Apoio ao Transporte Escolar, etc. 60% para remuneração do magistério e 40% para despesas do MDE.
Os recursos são fiscalizados por Conselhos de Acompanhamento e Controle Social que tem como atribuições acompanhar e controlar a repartição, a transparência e aplicação, além de supervisionar a realização do Censo Escolar anual.
Recentemente os meios de comunicação divulgaram fraudes envolvendo estes recursos. Para que aumentasse ou mantivessem o valor recebido muitas secretarias de educação acrescentavam o número de alunos matriculados. Será o famoso “feitinho brasileiro” ou os recursos não são suficientes para manter o mínimo da qualidade da educação e comprar o indispensável para que a escola continue funcionando? Apesar que não há justificativas para fraudes e principalmente na área da educação.
Na prática a realidade é bem outra e cada escola pode priorizar em que setor investir o recurso dentro da relativa autonomia. Alguns destinam mais verbas para a área física da escola outros investem em material didático-pedagógico, por exemplo. Os conselhos nem sempre acompanham efetivamente o que está acontecendo e não raro apenas assinam as prestações de conta.
Para que ocorram mudanças na forma de gerenciar estes recursos deveria haver mais participação coletiva de todos os envolvidos e não apenas representantes de segmentos que geralmente não comunicam aos demais o que foi decidido, desestimulando a participação e enfraquecendo a democracia.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO

A partir do texto: “A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA HISTÓRICA: ÊNFASE NO PERÍODO REPUBLICANO E NA EDUCAÇÃO ELEMENTAR” de Neusa Chaves Batista, citado na postagem anterior,que inicia localizando cronologicamente a SOCIEDADE AGROEXPORTADORA E A CONSTITUIÇÃO DO ENSINO DE ELITE (1549-1920) e a Constituição de 1824 que não está presente na atividade da linha do tempo. Por isso considero importante mencionar o que destaco como pontos de relevância na educação neste período da história do Brasil que certamente serviu de base para os subseqüentes.
No período do Império a instrução primária era gratuita. Não era objetivo qualificar a população em geral, porque o trabalho não exigia qualificação.
A escola era dividida em duas: destinada para as elites (educação que visava preencher cargos públicos e atividades liberais) e outra para o povo:(educação vocacional e que preparava para o trabalho). O acesso significava um fator e desqualificação social.
No século XIX reivindicar direitos era “caso de polícia”.
O problema da educação dos subalternos é retomado pelo segmento da elite adeptos da doutrina liberal: ideal republicano.
No século XX a educação pública era moeda de troca nos moldes das relações clientelistas e no coronelismo, ainda presentes em algumas ocasiões, embora camuflado.
Ao realizar a atividade da linha do tempo percebi mais claramente os fatores que influenciaram na educação, os processos de redemocratização e o autoritarismo do Regime Militar.
A forma como o ensino é ministrado atualmente ainda carrega alguns princípios como a dualidade, quando ocorrem diferentes formas de tratamento, concedendo privilégios para determinados alunos porque são filhos de famílias influentes na região no setor econômico, político e social. A democracia baseada na igualdade não acontece na sociedade e nem em todas as escolas onde deveria ser o espaço apropriado para praticá-la.

domingo, 12 de outubro de 2008

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO

prendizagens a partir do texto: “A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA HISTÓRICA: ÊNFASE NO PERÍODO REPUBLICANO E NA EDUCAÇÃO ELEMENTAR” de Neusa Chaves Batista, sendo consultado para a construção da LINHA DO TEMPO DA EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES DO BRASIL: 1934, 1937, 1946, 197 e 1988 em que os seguintes aspectos deveriam ser analisados em grupo de seis componentes: contexto sociopolítico e econômico:a obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público, a gratuidade do ensino público, a vinculação de recursos à educação e forma de ingresso dos professores no magistério público.
Esta atividade permitiu analisar em períodos diferentes a importância dada a educação ao longo da história do Brasil. Podemos constar as mudanças em épocas de ditadura ou não. Como realizamos em grupo optei em postar no meu portfólio de aprendizagem para facilitar estudos posteriores.
1934
Contexto Sociopolítico e econômico;
Liberdade econômica;
Proteção social do trabalhador;
Salário mínimo.

A obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público;
Ensino primário integral gratuito e de freqüência obrigatória extensiva aos adultos.

A gratuidade do ensino público;
Ensino primário integral;
Tendência a gratuidade do ensino educativo ulterior ao primário.

A vinculação de recursos (de impostos) à educação;
A união e os municípios aplicarão nunca menos de 10%;
Os estados e o distrito federal nunca menos de 20%.

A forma de ingresso dos professores no magistério público.
Concurso de títulos e provas;
Contratado por tempo certo.
1937
Contexto Sociopolítico e econômico;
Planejamento e controle da produção nacional;
Ditadura militar.

A obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público;
Ensino primário obrigatório e gratuito;
Contribuição da família para o caixa escolar (mis favorecidos).

A gratuidade do ensino público;
O ensino primário e gratuito é um direito adquirido mediante a alegação de escassez de recursos no momento da matrícula.

A vinculação de recursos (de impostos) à educação;
Não consta.

A forma de ingresso dos professores no magistério público.
Consta somente dos funcionários públicos.
1946
Contexto Sociopolítico e econômico;
Tentativa de realizar a democracia;
Participação política, diminuição das desigualdades sociais e econômicas;
Justiça na distribuição de terra e de renda;
Manifestações pelo fim da ditadura, a favor de eleições pelo voto popular.
Tendência liberal;
Autonomia aos estados - Restabelecimento da República Federativa e Democrática.

A obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público;
Ensino primário obrigatório e na língua nacional;

A gratuidade do ensino público;
Expansão da gratuidade para a classe menos favorecida além do primário.

A vinculação de recursos (de impostos) à educação;
União nunca menos de 10%;
Estados e Distrito Federal nunca menos de 20%.

A forma de ingresso dos professores no magistério público.
Concurso de títulos e provas.
1967
Contexto Sociopolítico e econômico;
Função social da propriedade;
Repressão ao abuso do poder econômico, caracterizado pelo domínio dos mercados, a eliminação da concorrência e o aumento arbitrário dos lucros;
Valorização do trabalho como condição da dignidade humana;
Harmonia e solidariedade entre os fatores de produção;
Desenvolvimento econômico.

A obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público;
Ensino de 7 a 14 anos primário obrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentos primários oficiais.

A gratuidade do ensino público;
Gratuito ao ensino primário;
No ensino oficial ulterior ao primário é gratuito para os que provarem faltas ou insuficiência de recursos.
Para os casos de falta ou insuficiência de recursos, o Poder Público substituirá o regime de gratuidade pelo de concessão de bolsas de estudos, exigindo posterior reembolso.

A vinculação de recursos (de impostos) à educação;
Não Consta.

A forma de ingresso dos professores no magistério público.
Concurso público de provas e títulos;
Prova de habilitação para Ensino Oficial médio e superior.
1988
Contexto Sociopolítico e econômico;
Conquista dos trabalhadores;
Direito de greve, redução da jornada de trabalho de 48 horas para 44 horas semanais.
Décimo Terceiro salário para aposentados, licença maternidade de 120 dias, licença paternidade de 05 dias.
Plano de estabilização econômica;
Congelamento de preços.

A obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público;
Ensino Fundamental obrigatório e gratuito;

A gratuidade do ensino público;
Progressiva universalização do Ensino Médio gratuito;
Atendimento especializado aos portadores de deficiência;
Creche e pré-escola para crianças de 0 a 6 anos.

A vinculação de recursos (de impostos) à educação;
A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. (artigo 212)

A forma de ingresso dos professores no magistério público.
Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos.