domingo, 24 de maio de 2009

QUESTÕES ÉTNICO RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Com o objetivo de realizar a atividade solicitada na Interdisciplina de Questões Étnico- Raciais, conversei com cinco alunos de diversas etnias e perguntei como esses alunos se auto-identificam do ponto de vista étnico racial, sendo que dois adolescentes se consideraram negros. Uma jovem de quinze anos e um jovem de catorze anos. Ambos estudantes de escolas públicas.
A jovem relatou que se sente muito bem na escola em que estuda, porque todos lhe tratam com respeito. Fazem trabalho em grupo sem reclamar da sua companhia e participa de todas as atividades desenvolvidas na escola normalmente e que não percebe nenhum tipo de exclusão.
Nesta escola certamente a equipe diretiva, os professores e a comunidade escolar estão compreendendo a diversidade cultural, ocorrendo mudanças históricas e culturais, abolindo o preconceito e a discriminação e promovendo a igualdade entre todos os envolvidos no processo educacional.
Como podemos perceber a aluna tem auto-estima elevada e bom desempenho escolar, pois não reprovou nenhuma série e se considera estudiosa. Não possui sentimentos que a envergonhe de ser negra, provavelmente a família que incentiva os estudos, aconselha e ajuda-a para enfrentar as dificuldades que possam surgir, influenciando-a positivamente, conscientizando-a do valor pessoal que possui independente da aparência física.
As relações interpessoais no ambiente escolar estão baseadas na valorização que os professores dão a diversidade étnico-racial que compõe a comunidade onde a escola está inserida, reforçando o crescimento da auto-estima, atuando com compreensão e diálogo, possibilitando que a relação afetiva torne-se mais uma fonte libertadora no processo de aprender.
A escola em que esta menina estuda tem uma visão multicultural onde às dimensões citadas no texto: “Auto-Imagem e Auto-Estima na Criança Negra; um olhar sobre o Desempenho Escolar” de Marilene Leal Paré, certamente estão presentes na interação entre culturas diversificadas numa mesma comunidade baseada na espiritualidade, na harmonia, no afeto e no coletivismo onde o negro tem oportunidades iguais e possibilidades de manifestar sua cultura e sua história através da música, da dança, das festividades, de suas crenças e seus hábitos, embora pertença a uma comunidade formada basicamente por descendentes de imigrantes europeus.

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Retomando o trabalho em grupo sobre o método clínico que realizamos sobre a conservação do número, após a aula presencial, constatei que não havia necessidade de seguir exatamente o roteiro de registro e análise das provas como fizemos. Acreditávamos que não poderíamos mudar a seqüência, pois o resultado poderia ser alterado se começássemos de outra forma ou se deixássemos alguma intervenção sem fazer.
Como experimentadora prendi-me muito ao material impresso. Poderia ter sido mais livre de acordo com as colocações feitas pela criança, sem deter-me tanto a todos os questionamentos, pois foi facilmente identificado pelo grupo que a criança possuía noção de conservação, portanto essa seria uma modificação que tornaria o método clínico menos rigoroso diante de minha visão.
Como investigadora iniciante tive a preocupação em não sugerir a criança tudo o que queria descobrir, mas acredito que não precisaria dar tanto valor a cada fala, poderia ter sido mais flexível.
Com esta atividade tivemos a oportunidade de aplicar o método clínico como pesquisa, formulando hipóteses, acompanhando o raciocínio e o pensamento da criança. Também através do método clínico podemos identificar o conhecimento lógico matemático através da noção de conservação. Na alfabetização a relação tamanho do objeto e quantidade de letras, por exemplo, é determinada pela noção de conservação que a criança possui.
Aprendi que no método clínico o mais importante é instigar a criança, investigando as explicações dadas e não os acertos que ela poderá ter a partir das interrogações.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Portfolio de Psicologia

Na aula presencial do dia 14/05/09 a professora da Interdisciplina Psicologia II Jaqueline Picetti nos mostrou na prática a atividade que realizamos com uma criança aplicando o método clínico com a irmã da colega Tamires que tem sete anos de idade, oportunizando a análise a análise de como pode ser encaminhado este método para instigar e conhecer o processo como se constrói a noção de conservação e desta forma também podemos identificar em que estádio de desenvolvimento se encontra.
Sobre os estádios a professora exemplificou que no pré- operatório é como se a criança tirasse uma foto de cada momento e no operatório- concreto é como uma filmadora, pois ela acompanha o desenvolvimento, transforma e percebe que a quantidade permanece no caso da conservação.
O método clínico é importante para pesquisa, para a formulação de hipóteses, para o acompanhamento do pensamento do experimentado, o reconhecimento lógico matemático, na alfabetização para identificar se a criança relaciona, por exemplo o tamanho do objeto com o tamanho da palavra, enquanto que o experimentador em suas intervenções tem papel fundamental para conduzir suas investigações adequadamente, deixando a criança se manifestar naturalmente e elaborando perguntas que demonstram a linha de raciocínio da criança.
Um estádio de desenvolvimento está sempre integrado em outro. A cada novo conhecimento os estádios podem ocorrer nas experiências, inclusive depois de adultos passamos pelo estádio operatório- concreto quando aprendemos a manusear o mouse, a dirigir um veículo, por exemplo.
O grupo em que participei junto com as colegas Delaine e Marli Joaquim para aplicar o método clínico com uma aluna minha do 1º ano, sendo que desempenhei o papel de experimentadora e as colegas observaram e registraram o desenvolvimento. Foi uma experiência inovadora, mas acredito que “Ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”, segundo as características do bom experimentador na concepção de Piaget, necessita de teoria para fundamentar e prática para compreender como intervir favoravelmente no processo de aplicação do método clínico.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

FILOSOFIA DA EDUCAÇÂO

Portfolio
Ao assistir o filme O Clube do Imperador, percebi diversos conflitos morais que afligiram o professor, duvidaram de sua capacidade profissional e lhe fizeram refletir sobre seus princípios éticos e morais diante de decisões que deveria tomar, deixando-o indeciso diante das provas de dois alunos completamente diferentes na aprendizagem e no comportamento. Martin que era aplicado, estudioso, obediente, esforçado e atencioso. O outro aluno Sedgewick filho de senador era arrogante e prepotente. Desde que entrou na escola desafiava o professor com suas atitudes e ações, pois se apresentava irônico, sarcástico e incentivava seus colegas a seguir suas rebeldias e aventuras.
Foi na ocasião em que o professor fazia a análise final da escolha dos três finalistas do concurso Júlio César que surgiu o conflito moral e a dúvida entre dar uma oportunidade de crescimento e reconhecimento ao aluno desordeiro, colocando um sinal de mais em sua prova, desclassificando Martin ou ser honesto consigo mesmo e admitir que seus incentivos não foram suficientes e que o aluno não havia estudado o bastante, não sendo merecedor de sua contribuição, eticamente incorreta. O poder de decidir estava em suas mãos e como ele mesmo falou em aula: “O fim depende do início.” Nesta oportunidade poderia estar o começo de um fim promissor e com retidão para um aluno que estava tumultuando a rotina da escola.
A dúvida surgiu na ocasião em que o professor teve que confrontar uma situação profissional da vida real com as relações da sociedade. Ela interrompeu a retidão e a tranqüilidade, tomando uma decisão que promoveu a falta de ética e prejudicou um aluno, fugindo de suas responsabilidades.
O professor optou em classificar o aluno Sedgewick e desta forma Martin foi excluído dos finalistas no momento em que o sinal de menos se transformou num sinal de mais na prova do colega.
A decisão do professor foi uma decisão moralmente incorreta porque ele foi injusto, irresponsável, incoerente e desonesto com um aluno (Martin).
O que o professor deve decidir e fazer está diretamente relacionado com a meta que ele quer alcançar. Os seus princípios morais devem ser orientados por valores que visa promover, tais como a justiça, a igualdade, a honestidade, a sinceridade, a perseverança, o respeito, a responsabilidade, a coerência e a verdade.
As crenças que formamos sobre o mundo constituem o fundamento que utilizamos para tomar as nossas decisões e orientar as nossas ações.
A prática no cotidiano do ambiente escolar deve estar baseada em atitudes que visem à tomada de decisões moralmente corretas, independente de estarmos na sala de aula, na sala dos professores, com a equipe diretiva ou avaliando nossos alunos sem ninguém nos olhando para saber se estamos sendo justos, pois a honestidade está na nossa consciência em querer não prejudicar outra pessoa.

domingo, 3 de maio de 2009

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Refletindo as falas do professor Nilton na aula presencial da Interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação e participando do Fórum, considero que embora involuntário ou inconsciente, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica dentro da escola. Na prática pedagógica o estigma do fracasso escolar ainda é atribuído a carência cultural, as condições desfavoráveis da família, o local onde moram, e tantos outros que tentam justificar o insucesso escolar.
O racismo se manifesta no desprezo, na indiferença, no tratamento desigual, nas falas informais entre os professores, nas frases feitas, nos gestos...
Devido à heterogeneidade da população brasileira, muitas vezes tendemos a assumir estereótipos. Contra esse processo é necessário reconhecer as diferenças. Discutir a pluralidade cultural a partir das diferenças dos próprios alunos é uma forma de conduzir o tema de acordo com a realidade, como aconteceu com atividade do mosaico, reconhecendo as contribuições de cada etnia no processo de constituição da multiculturalidade brasileira.
São alguns exemplos.
A partir destas aulas planejadas no Enfoque V Etapa 1 contemplaremos aspectos culturais e históricos dos afro-descendentes e dos indígenas através da sensibilização da comunidade escolar, principalmente das crianças sobre a importância da entrada do negro no Brasil não somente para ser escravo do branco, mas também para contribuir com o desenvolvimento e crescimento do povo brasileiro em diversos campos e por isso devem ser respeitados e valorizados de igual forma, bem como o índio que era nativo.
De acordo com o desenvolvimento da aula planejada outros aspectos poderão ser abordados, inclusive sobre o modo de vida do negro no seu continente antes de chegar ao Brasil e que de acordo com o local de origem os costumes eram diferentes, as características físicas, o desenvolvimento nas técnicas de cultivo e de extração também e estas heranças foram incutidas no povo brasileiro, reconhecendo que os negros não eram todos iguais como muitos livros didáticos mencionam e tratam apenas do negro escravo e submisso a branco.