domingo, 13 de setembro de 2009

LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

III PORTFÓLIO
LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

“Nem toda escrita é formal e planejada, nem toda oralidade é informal e sem planejamento.” Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola (KLEIMAN, 2006) texto para realização da atividade do módulo II da interdisciplina de Linguagem e Educação.
Na prática cotidiana percebemos em muitas situações em que a escrita não é formal e planejada, por exemplo, ao escrever um recado para a família de um aluno em seu caderno procuro utilizar palavras que facilitem o entendimento de acordo com a realidade da comunidade com clareza e simplicidade. Quando me manifesto oralmente em uma reunião de diretores preciso planejar para empregar os termos corretos e que esclareça o que pretendo transmitir se repetições desnecessárias, sem ambigüidade, portanto mais formal.
Neste mesmo texto aprendi que a palavra letramento ainda não está dicionarizada, esclarecendo o quanto é complexo o seu conceito e que as práticas de letramento mudam segundo o contexto.
O texto também destaca um ponto que considero bem importante em se tratando da oralidade e da escrita baseadas em suas semelhanças constituídas, pensando da seguinte maneira: “A aquisição da escrita como um processo que dá continuidade ao desenvolvimento lingüístico da criança, substituindo o processo de ruptura que subjaz e determina a práxis escolar.”
O que é valorizado na escola nestes aspectos? O conteúdo planejado e os livros didáticos ou é as falas dos alunos que caracterizadas pelo seu contexto que podem enriquecer as aulas com dinâmicas mais atrativas ou exercícios menos mecanizados de repetição e com palavras distantes da nossa realidade que preenche páginas dos livros e são empregados como determinantes do rumo que damos a aula. Muitas vezes estes materiais são produzidos para uma realidade bem diferente da nossa, desvalorizando as práticas discursivas familiares o que aumenta o distanciamento entre a língua escrita e a língua oral.
A alfabetização precisa ser entendida como inclusão social, favorecendo a vivência do aluno em diferentes situações de leitura e gêneros textuais com funções diversificadas.
Segundo Magda Soares a alfabetização é a aquisição do sistema da escrita e da leitura, mas não adianta aprender uma técnica e não saber usá-la. “Letramento é a utilização desta tecnologia em práticas sociais de leitura e de escrita.” (SOARES, 2003)
Desta forma, além de trabalharmos com uma diversidade de textos que circulam socialmente, devemos levar os alunos a construir o sistema de escrita alfabético. Neste sentido é preciso considerar na escola algo muito importante que ouvi em uma palestra: alfabetizar letrando e letrar alfabetizando

2 comentários:

By Benites disse...

Gizelda!

Esta é uma postagem bem grande.
Tem muitos aspectos importantes a refletir.
São elementos importantes na Educação e que fazem o dia-a-dia de nossas Escolas.
Você consegue visualizar algum exemplo no seu cotidiano escolar estas situações?
Aguardo tua resposta
Benites

Gizelda disse...

Olá Benites!
"Esta é uma postagem bem grande." É uma crítica? As minhas postagens geralmente são bem extensas, porque prefiro explicar bem, mas posso tentar me corrigir.
Além dos exemplos citados: a língua oral se distancia da escrita, pois muitas vezes a criança aprende a pronunciar as palavras informalmente em seu contexto e ao chegar na escola começa a descobrir que precisa se adequar a um novo falar. A leitura ajuda muito quando começa a constatar que há diferenças entre falar e escrever, mas não podemos desprezar sua bagagem cultural e o contexto de vida.Então não há um rompimento tão acentuado.
Quando valorizamos e aproveitamos as inquietações, as perguntas, as dúvidas dos nossos alunos e não seguir os conteúdos do livro texto, eles são importantes para pesquisa e complementação.