sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

IV PORTFÓLIO
DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

Ao ler o texto: As origens da modalidade de currículo integrado de Jurjo Torres Santomé para realização da atividade em dupla refleti sobre alguns pontos que relacionam modelos empresariais e os sistemas educacionais.
“O movimento pedagógico a favor da globalização e da interdisciplinaridade nasceu de reivindicações de grupos ideológicos e políticos que lutavam por uma maior democratização da sociedade.
Mão-de-obra barata, desapropriação de conhecimentos, divisão social e técnica do trabalho, separação do trabalho manual e intelectual, poder de decisão centralizado, política de fragmentação dos empregos são algumas características presentes na filosofia fordista onde o que importa é a rentabilidade, fortalecendo a hierarquia de autoridade, o controle e a dominação.
O texto esclarece sobre a rotina de uma indústria automobilística com atividades mecânicas e monótonas, onde o ser humano perde sua autonomia e independência para submeterem-se as vontades da máquina.
E na educação? Quais relações podemos constatar?
Na educação as características são entre outras, não participação dos professores e alunos dos processos de reflexão crítica sobre a realidade. Os conteúdos culturais que formam o currículo escolar se tornam descontextualizado e as disciplinas trabalhadas de forma isolada, semelhante ao mundo produtivo. As diretrizes escolares determinadas por especialistas, onde uns planejam e decidem e outros obedecem e executam. O que importava eram as notas escolares que representavam a mesma coisa que os salários para os operários.
Estes aspectos educacionais ainda estão presentes na realidade educacional em situações diversas onde muitas vezes os professores preferem se acomodar e não participar das decisões da escola, onde cada professor se considera responsável pelo conhecimento de sua área de atuação. Portanto são heranças fordistas.
Os avanços educacionais estão ainda centrados nos discursos, distantes da ação e da intervenção, valorizando os aspectos cognitivos baseados na memorização de conteúdos e grande preocupação com avaliação externa, com os resultados e não com o processo.

2 comentários:

By Benites disse...

Gizelda!

Estas reflexões que registra no blog, são frequentes na Escola que trabalhas....
Benites

Gizelda disse...

Olá Benites!
Não é a atual realidade da escola em que trabalho, mas já passei por situações semelhantes em épocas passadas e conheço escolas e professores que ainda vivenciam a educação desta forma.
Quando enfrentei situação semelhante não compreendia. Até porque não era dado oportunidade de refletir, apenas de executar e obedecer. Muitos esclarecimentos estão surgindo ao longo do curso e ampliando horizontes.