domingo, 24 de maio de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Retomando o trabalho em grupo sobre o método clínico que realizamos sobre a conservação do número, após a aula presencial, constatei que não havia necessidade de seguir exatamente o roteiro de registro e análise das provas como fizemos. Acreditávamos que não poderíamos mudar a seqüência, pois o resultado poderia ser alterado se começássemos de outra forma ou se deixássemos alguma intervenção sem fazer.
Como experimentadora prendi-me muito ao material impresso. Poderia ter sido mais livre de acordo com as colocações feitas pela criança, sem deter-me tanto a todos os questionamentos, pois foi facilmente identificado pelo grupo que a criança possuía noção de conservação, portanto essa seria uma modificação que tornaria o método clínico menos rigoroso diante de minha visão.
Como investigadora iniciante tive a preocupação em não sugerir a criança tudo o que queria descobrir, mas acredito que não precisaria dar tanto valor a cada fala, poderia ter sido mais flexível.
Com esta atividade tivemos a oportunidade de aplicar o método clínico como pesquisa, formulando hipóteses, acompanhando o raciocínio e o pensamento da criança. Também através do método clínico podemos identificar o conhecimento lógico matemático através da noção de conservação. Na alfabetização a relação tamanho do objeto e quantidade de letras, por exemplo, é determinada pela noção de conservação que a criança possui.
Aprendi que no método clínico o mais importante é instigar a criança, investigando as explicações dadas e não os acertos que ela poderá ter a partir das interrogações.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Gizelda, tua reflexão deixa evidente o quanto o processo de construção do saber é importante, e não apenas o resultado. Mais do que perceber que a criança 'errou', é preciso compreender por que ela 'errou', é preciso acompanhar o raciocío que a criança faz ao realizar determinada atividade, pois só assim poderemos intervir adequadamente, fazendo-a avançar.
Quanto ao rigor do teste, penso que, quanto mais segura te sentires para realizá-lo, mais livre te sentirás para encaminhar o diálogo com a criança e não precisarás te prender tanto ao roteiro...é uma questão de tempo e de apropriação do método. Beijos, Rô Leffa