quinta-feira, 14 de maio de 2009

FILOSOFIA DA EDUCAÇÂO

Portfolio
Ao assistir o filme O Clube do Imperador, percebi diversos conflitos morais que afligiram o professor, duvidaram de sua capacidade profissional e lhe fizeram refletir sobre seus princípios éticos e morais diante de decisões que deveria tomar, deixando-o indeciso diante das provas de dois alunos completamente diferentes na aprendizagem e no comportamento. Martin que era aplicado, estudioso, obediente, esforçado e atencioso. O outro aluno Sedgewick filho de senador era arrogante e prepotente. Desde que entrou na escola desafiava o professor com suas atitudes e ações, pois se apresentava irônico, sarcástico e incentivava seus colegas a seguir suas rebeldias e aventuras.
Foi na ocasião em que o professor fazia a análise final da escolha dos três finalistas do concurso Júlio César que surgiu o conflito moral e a dúvida entre dar uma oportunidade de crescimento e reconhecimento ao aluno desordeiro, colocando um sinal de mais em sua prova, desclassificando Martin ou ser honesto consigo mesmo e admitir que seus incentivos não foram suficientes e que o aluno não havia estudado o bastante, não sendo merecedor de sua contribuição, eticamente incorreta. O poder de decidir estava em suas mãos e como ele mesmo falou em aula: “O fim depende do início.” Nesta oportunidade poderia estar o começo de um fim promissor e com retidão para um aluno que estava tumultuando a rotina da escola.
A dúvida surgiu na ocasião em que o professor teve que confrontar uma situação profissional da vida real com as relações da sociedade. Ela interrompeu a retidão e a tranqüilidade, tomando uma decisão que promoveu a falta de ética e prejudicou um aluno, fugindo de suas responsabilidades.
O professor optou em classificar o aluno Sedgewick e desta forma Martin foi excluído dos finalistas no momento em que o sinal de menos se transformou num sinal de mais na prova do colega.
A decisão do professor foi uma decisão moralmente incorreta porque ele foi injusto, irresponsável, incoerente e desonesto com um aluno (Martin).
O que o professor deve decidir e fazer está diretamente relacionado com a meta que ele quer alcançar. Os seus princípios morais devem ser orientados por valores que visa promover, tais como a justiça, a igualdade, a honestidade, a sinceridade, a perseverança, o respeito, a responsabilidade, a coerência e a verdade.
As crenças que formamos sobre o mundo constituem o fundamento que utilizamos para tomar as nossas decisões e orientar as nossas ações.
A prática no cotidiano do ambiente escolar deve estar baseada em atitudes que visem à tomada de decisões moralmente corretas, independente de estarmos na sala de aula, na sala dos professores, com a equipe diretiva ou avaliando nossos alunos sem ninguém nos olhando para saber se estamos sendo justos, pois a honestidade está na nossa consciência em querer não prejudicar outra pessoa.

3 comentários:

Rosângela disse...

Oi Gizelda,
A temática do filme envolve a discussão acerca de princípios éticos e morais. Tu destacas, em teu texto, a importância de um comportamento ético e moral por parte do professor. Mas como pensar isso em sala de aula no trabalho com os alunos? E de que modo a disciplina de Filosofia pode ajudar no trabalho pedagógico? Consegues vislumbrar essa possibilidade de articulação?
Seguimos conversando... Beijos, Rô Leffa

Gizelda disse...

Oi Rô!
A ética e a moral estão presentes na sala de aula quando concebemos a Educação como um processo participativo e ativo, baseado no respeito e na justiça para promover a justiça e a igualdade.
A Filosofia nos ajuda a tornar mais críticos em relação aos argumentos e fundamentá-los com mais clareza. Nós aprimora como pessoa humana, desenvolvendo mais a autonomia intelectual e reflexiva, muitas vezes a organizar a forma como pensamos.

Rosângela disse...

Oi Gizelda, percebo que a disciplina de Filosofia tem contribuído de modo significativo para teu aprendizado. Os saberes específicos dessa área do conhecimento são, sem dúvida, fundamentais para a construção de um olhar mais crítico e reflexivo sobre o mundo que nos cerca. Precisamos estender esse trabalho aos nossos alunos, a fim de que eles desenvolvam a capacidade de análise, de reflexão a partir de uma argumentação crítica e coerente. E como todas as nossas ações revelam princípios éticos e morais, é preciso estar atento ao que dizemos e fazemos em sala de aula... pois nossas atitudes e nosso fazer ajudam a construir valores. Adorei conversar contigo! Beijos, Rô Leffa