domingo, 20 de junho de 2010

PORTFÓLIO XIV

PORTFÓLIO XIV
Ao encerrar o estágio curricular em 11 de junho de 2010, completando 180 horas com os alunos do 3º e do 4º anos sinto-me muito satisfeita ao refletir sobre as atividades realizadas, o crescimento dos alunos em suas aprendizagens relatadas em seus portfólios de aprendizagem, as fundamentações teóricas que embasaram as reflexões de cada aula.
Foi um período de muita dedicação e persistência com a conexão da internet, muitas horas dirigidas nos finais de semana pra organizar a semana seguinte e alcançar a concretização de todas as atividades, mas tudo foi muito válido para meu crescimento profissional e pessoal.
Como professora-aluna sinto que ficou faltando a prática com as tecnologias aprendidas no curso de pedagogia porque na escola em que atuo não há disponibilidade de recursos tecnológicos como computador para os alunos. Para adaptar e colocar em prática estas aprendizagens construí com os alunos o portfólio de aprendizagem
Também porque é necessário registrar o que estamos aprendendo como forma de sintetizar os saberes e por em prática a avaliação formativa, solicitei que os alunos utilizassem o portfólio de aprendizagem e para isso cada criança recebeu um caderno onde deveria ir anotando as suas aprendizagens de forma bem simples e clara. Pude perceber que os principais conceitos abordados estão presentes.
O portfólio é uma forma de avaliação formativa muito eficaz porque ficam registrados todos os trabalhos, as descobertas, as reflexões realizadas, as dificuldades. Esta escrita auxilia na sua auto-avaliação e no desenvolvimento sua autocrítica ao refletir sobre suas aprendizagens, possibilitando o acompanhamento pela professora para poder intervir através da recuperação paralela conforme prevê o regimento da Escola.
No estágio desenvolvi com os alunos diversas atividades que proporcionaram observações, relatos, descrições, entrevistas, construção de croqui e de maquete, elaboração de mapa conceitual em cartaz, visitações, entre outras.
“Ao contrário da simples reprodução de procedimentos e do acúmulo de informações, é consenso que se deve possibilitar o desenvolvimento dos alunos de forma que eles possam construir capacidades de observação e análise, de estabelecimento de relações, de comunicação e argumentação e de validade e defesa de processos e idéias, além de estimular a diferentes formas de raciocínio, intuição, indução e dedução e a estimativa”. (Daniela Stevanin Hoffmann do texto: Aprendizagem e Desenvolvimento: Experiências Físicas e Lógico-matemáticas).
Para elaborar as atividades e as reflexões após cada aula durante todo o período de estágio recorri basicamente as aulas, aos textos e atividades desenvolvidas ao longo do curso de pedagogia.
Embora no estágio não é possível realizar tudo o que pretendemos como educadoras e tenho a consciência que devo dar continuidade ao aprimoramento das minhas práticas e adquirir mais embasamento teórico para tornar-me mais eficiente como professora das séries iniciais, os objetivos traçados foram alcançados dentro de quatro projetos que envolveram as principais etnias do nosso município: cultura indígena, alemã, negra e japonesa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PORTFÓLIO XIII

PORTFÓLIO XIII
Dentro do projeto Cultura Japonesa em Itati fizemos uma visita ao Rio Bananeiras próximo à Escola e das casas da maioria dos alunos do 3º e 4º ano. Observamos a situação das margens, a pouca vegetação, a presença de alguns lixos como garrafa pet, a aparência limpa da água que pode conter muitas impurezas, micróbios e ser contaminada.
Durante o passeio os alunos fizeram anotações sobre as condições do trecho visitado e a frase mais utilizada foi que não devemos jogar lixo no rio para não sujar o nosso rio que deságua no Rio Três Forquilhas. Portanto a Escola precisa tratar a partir da realidade o estudo da Educação Ambiental com a devida importância e destaque que merece, pois é a partir dele que a qualidade de vida do nosso planeta poderá ser garantida. Cada um de nós deve se sentir responsável pela preservação do meio ambiente.
“A questão da educação ambiental, enquanto uma ação estratégia em busca da formação de indivíduos capazes não mais de dominar, mas de guiar/seguir a natureza. Este novo casamento entre a natureza e a humanidade necessitará, sem dúvida, de uma superação do modo de pensar atual, inclusive científico. Nesta forma de pensamento, a educação básica parece assumir um papel central.” (MORIN, 2001)
Ao retornar da visita do Rio Bananeiras fomos a Escola Estadual de Ensino Médio Pastor Voges na sede do município de Itati que estava realizando a II Feira de Ciências com o tema: Água na preservação da vida, onde os alunos tiveram a oportunidade de observar uma maquete de todo o trajeto do Rio Três Forquilhas muitos cartazes sobre os cuidados com a água, vídeos sobre as doenças causadas pela água contaminada e palestra dos integrantes da CORSAN sobre o tratamento de água.
A feira de ciências complementou de forma muito enriquecedora as atividades que havíamos realizado anteriormente, proporcionando ao alunos a reflexão sobre como podemos evitar o desperdício de água, cuidar dos mananciais e ser um defensor do meio ambiente, despertando a conscientização sobre a temática.

sábado, 12 de junho de 2010

PORTFÓLIO XII

PORTFÓLIO XII
Nona semana de estágio.
O projeto desenvolvido foi sobre a cultura japonesa em Itati agregando mais conhecimentos para os alunos através de entrevista e pesquisas, compondo um álbum seriado com as principais aprendizagens adquiridas.
A entrevista faz com que o aluno perceba que as pessoas são importantes fontes de informação de uma comunidade, permitindo o resgate da memória local, uma vez que entrevistando pessoas pode-se perceber a sua relação com o grupo social com o qual convive, além de obter informações a respeito de diferentes tempos e lugares.
Com este projeto passamos a conhecer um pouco mais sobre a cultura de outro grupo étnico que compõe a população do nosso município que contribuiu com o desenvolvimento econômico e social de Itati através do cultivo de flores, de verduras, legumes. A grande preocupação com a educação de seus filhos, a participação nos eventos locais, porém devido ao fenômeno Dekasegui muitos descendentes emigraram para o Japão nos últimos anos para trabalhar, permanecendo determinado tempo pra ao retornar empreender em outro setor, diversificando a produção regional.
“Quando nos pomos a refletir sobre a constituição histórica da realidade, temos chances de participar mais ativamente da produção de nossa história e mais, temos alguma chance de imaginar outras realidades. A história está repleta de alternativas que não chegaram a se concretizar e que podem nos fazer repensar a repetição de nosso presente.” (Boaventura de Souza Santos. Para uma pedagogia de conflito).
O projeto da cultura japonesa em Itati foi bem produtivo porque os alunos não possuíam muitos conhecimentos sobre a imigração japonesa no nosso município e também porque incluiu a entrevista com uma integrante da Colônia Japonesa conhecedora de todo o processo do qual os japoneses participaram, diversificando dos outros projetos, conhecendo o intercâmbio cultural ocorrido entre o oriente e o ocidente tão próximo de nós onde os indígenas, os alemães, os negros e os japoneses convivem de forma harmônica, buscando o desenvolvimento local e regional. Neste sentido a cultura de um povo foi incorporada por outro.
“O trato de problemas relativos diversidade cultural constitui um desafio ao professor, na medida em que somente uma atitude neutra e não valorativa pode deixar a criança à vontade para elaborar seu próprio de si e dos outros. Não se trata de não avaliar padrões culturais, mas avaliá-los julgamento sem estabelecer a priori um modelo como certo e os demais errados.” (Aracy do Rego Antunes p. 25).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

PORTFÓLIO XI

PORTFÓLIO XI
Oitava semana de estágio.
Nesta semana de estágio com apenas três dias letivos em virtude do feriado de Corpus Christi e do feriado municipal na sexta-feira finalizamos o projeto da cultura negra estudando aspectos relacionados com o continente africano a partir das publicações em jornais, revistas e na televisão por causa da copa do mundo o assunto em pauta quase que diariamente na mídia onde o aluno pode visualizar imagens que valorizam e demonstram as belezas da África e o desenvolvimento econômico e social,as paisagens naturais, as construções desmitificando as idéias negativas anteriores de miséria e de doenças como a AIDS.
Os conceitos de racismo, de discriminação e de preconceito ficaram mais claros a partir de exemplos bem práticos. Muitas vezes atitudes do cotidiano como piadas, frases feitas e repetidas sem análise e os apelidos podem parecer naturais e passam despercebidas por alguns, mas pode ser caracterizado como discriminação, preconceito e racismo.
O conhecimento da diversidade cultural possibilita uma melhor visão de mundo e percepção da realidade do outro, dos valores, dos costumes, das crenças, das religiões, auxiliando o convívio respeitoso em todas as esferas da sociedade.
Construímos a linha do tempo da copa do mundo com os anos em que o Brasil foi vencedor e o país em que ocorreu o evento, integrando com acontecimentos da vida dos alunos como data de nascimento sua e de seus familiares.
Realizamos a leitura de obras de pintores que retratam aspectos da cultura negra no Brasil, contextualizando com fatos históricos envolvidos.
No dia 31 de maio tivemos nossa única aula presencial durante o estágio curricular onde tivemos a oportunidade de conversar em grupo com a supervisora Carla Meinerz para esclarecer algumas dúvidas e tomar conhecimento das orientações para realizar o relatório final do estágio que deverá ser concluído a primeira versão até dia 28 de junho o que certamente produzirá muitas reflexões articuladas entre a teoria e a prática.
Outro projeto está iniciando com o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos e dos aspectos que poderão ser pesquisados durante o seu desenvolvimento: A cultura japonesa em Itati.