sábado, 13 de novembro de 2010

PORTFÓLIO XII

PORTFÓLIO XII
Na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação no Eixo VII, no texto: Planejamento: em busca de caminhos de Maria Bernadete Castro Rodrigues a autora reflete sobre sua vida profissional, colocando sobre sua concepção e vivências sobre o planejamento, nos quais identifico diversas semelhanças com minha carreira no magistério.
Quando a autora menciona a exigência dos planos de curso, de unidades e de aulas, reconheço que este período de planejamento faz parte da minha vida e esteve presente em cada início de ano letivo. Na realidade o que ocorria era a cópia manual da listagem de conteúdos do ano anterior. Este tempo gasto poderia ser ocupado com planejamentos inovadores através de atividades diversificadas e atraentes no início do ano. Porém, devido a “elaboração” destes planos iniciávamos o ano escrevendo e não refletindo sobre a prática.
Como a autora afirma: “Por conseguinte, o planejamento banalizava-se em um ato meramente burocrático. O setor pedagógico terminava recebendo e arquivando planos, que na maioria das vezes, eram modificados.”
Estas reflexões também estão contidas em meu TCC quando coloco as minhas vivências com turmas multisseriadas.
“No início de uma carreira no magistério municipal os desafios foram maiores ainda. A exigência em trabalhar os conteúdos mínimos era permanente. A supervisão escolar da secretaria municipal de educação dirigia-se semanalmente as escolas para verificar os diários de classe, os planejamentos e os cadernos dos alunos. Tudo devia estar em consonância com o plano de curso da série. Por isso, eram bastante limitadas as possibilidades de integrar os conhecimentos entre as séries. Os conteúdos eram bem definidos e direcionados para cada série.”
A autora deixa claro que o tempo era pensado no “como” e pouco era questionado sobre a “a quem servíamos e para que e para quem.”
Nesta perspectiva de mudança algumas alternativas foram elencadas no meu TCC para que a integração entre os alunos se efetivasse diante do agrupamento de turmas, bem como na tentativa de que a interdisciplinaridade estivesse presente.

Ao refletir que a prática pedagógica empregada não estava dando bons resultados para o aluno, modifiquei-a, partindo de um conteúdo comum no início da aula através de texto, da narração de obra literária ou do diálogo investigativo. Depois distribuía atividades diferentes para cada turma. A sequência era estabelecida pelos conteúdos mínimos de cada série. A avaliação era classificatória com o objetivo de aprovar ou reprovar.
Com esta concepção de organização e desenvolvimento que servisse para atender as necessidades dos alunos busquei em Santomé referencial teórico para a construção do TCC, confrontando a fragmentação dos conteúdos empregada anteriormente com a integração de conteúdos que favorece muito mais a troca de saberes e a participação mais democrática.
Para Freire (1987), a aprendizagem se dá na medida em que o educando dela participe, sendo o professor o tutor do diálogo sem impor suas ideias ou influenciar.

Um comentário:

Roberta disse...

Gizelda!!

Como veem acontecendo ao longo desse semestre essa tua postagem está muito rica.
Traz nela reflexões pessoais, que modificaram tua forma de pensar e planejar.
E ainda complementas com partes do teu TCC que surgiram a partir dessa interdiscplina.

Parabéns!!!

Abraços
Roberta