sábado, 29 de maio de 2010

PORTFÓLIO X

Sétima semana de estágio
“Os valores éticos se oferecem, portanto, como expressão e garantia de nossa condição de sujeitos, proibindo moralmente que nos transformem em coisa usada e manipulada por outros”. (Marilene Chauí. Convite à filosofia, 1999).
Todo o projeto que desenvolverei com os meus alunos iniciado no dia 20 de maio envolve a cultura negra e tem como princípio os valores éticos e étnicos que possibilitam a reflexão sobre o nosso papel na sociedade como cidadãos e principalmente como educadores nas séries iniciais onde acriança está em formação física, social, cognitiva e afetiva é necessário despertar as atitudes que repudiam a discriminação, o preconceito e o racismo para que a sociedade se torne mais igualitária e harmônica e consequentemente mais democrática.
Estudar aspectos ligados ao continente africano sem deter-se somente nas questões de escravidão, dos navios negreiros, do poder dos senhores de engenho, das condições das senzalas, como sempre fiz, desdobrando neste projeto para aspectos positivos que envolvem a África atual como sede da copa do mundo faz com que os alunos reconheçam que os afro-brasileiros como herdeiros de uma cultura que contribuiu com o progresso municipal, pois aqui em Itati existiu a escravidão negra, estadual e nacional e estas contribuições estão presentes na nossa culinária, nas lendas, no vocabulário, nos rituais religiosos, nas danças, nos ritmos e nos instrumentos musicais. São alguns aspectos que o projeto está desvendando.
Com a Lei 10.639 deu-se um passo muito significativo para a divulgação do continente africano porque rompe com a ordem dos currículos ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural européia. Esta Lei determina que a história da África seja trabalhada numa perspectiva positiva.
SANTOMÉ (1995), escrevendo sobre o currículo e as instituições escolares critica a visível carência de experiências e reflexões para uma educação anti-racista nas salas de aula. Segundo ele: “A análise profunda dos porquês da opressão e da marginalidade, em outra palavra, do racismo nunca deve ser evitada”. (p. 170) E defende uma mudança curricular através de práticas alternativas que permitam “um questionamento das injustiças atuais e das relações sociais de desigualdades e submissão”. (p.175).
Portanto não podemos ignorar os acontecimentos e as manifestações que envolvem o racismo, o preconceito e a discriminação em nossas escolas.

Um comentário:

Roberta disse...

Giselda!!

Fiquei curiosa para saber como tu tens organizado esse trabalho de consiciência negra e continente africano.
Traga algumas delas aqui no blog.

Abraços
Roberta