terça-feira, 30 de junho de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Retomar a aula 2 Ação a partir da Epistemologia Genética, analisando o conteúdo que escolhi trabalhado em minha sala de aula de acordo com concepção construtivista, exigiu a releitura do texto: O que é Construtivismo? De Fernando Becker, comparando-o com a atividade realizada pelos meus alunos para identificar o que mudaria ou não, refletindo teoricamente sobre a prática. Além da pesquisa em diversos textos estudados neste semestre.
Conforme o conteúdo que descrevi os alunos tiveram que refazer o percurso de casa até a escola mentalmente, abstraindo o conhecimento que possuíam, Observando o meio físico que estava ao seu alcance nas proximidades da escola. Analisaram o material que dispunham e interagiram através de debates, gerando conflitos e acordos através da reflexão para construir a planta ou a maquete da localidade onde moram com a devida legenda, tendo o cuidado de proporcionar o entendimento para os demais que visualizassem.
Os alunos construíram seus conhecimentos na interação com o meio tanto físico como social, portanto fundamentada na concepção interacionista.
Este início da atividade manteria desta maneira, pois segundo o construtivismo é preciso agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida pelos alunos e professores, partindo do que nos cerca a aos poucos integrar outras realidades mais distantes.
Analisando a partir dos estádios de desenvolvimento de Piaget em que a ordem de sucessão é constante e as idades são variáveis, sendo que os alunos podem pertencer a estádios diferentes numa mesma turma. A dificuldade que alguns componentes de um grupo encontraram em acompanhar o raciocínio do colega na relação direita e esquerda. Certamente estão no período pré-operatório, pois a irreversibilidade é característica presente. Enquanto outro grupo possuía esta característica e facilmente localizava o que pretendia, portanto situam-se no período operatório-concreto, embora estas não são as únicas características destes estádios.
Neste aspecto mudaria a formação dos grupos, distribuindo componentes pertencentes a estádios diferentes em um mesmo grupo para favorecer a troca e as constatações nas argumentações de quem possui as noções, realizando trocas de argumentações e constatações. Desta forma a aprendizagem seria mais significativa e o trabalho mais produtivo.
Ao refletir sobre a prática ocorre o despertar da consciência da estrutura do meu pensamento que estava limitado mais no resultado alcançado pelos alunos. Ainda nos detemos muito na finalização do trabalho. Não percebemos e observamos o percurso que cada aluno percorre. Foi preciso romper com o senso comum e desta forma construí uma concepção interacionista a partir da apropriação da teoria estudada.

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Para a realização da atividade 11 da interdisciplina de Psicologia da Educação após as leituras indicadas: Reflexões sobre a Moralidade na Escola de Liseane Silveira Camargo e Significações de Violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança? De Jaqueline Picetti, destaco as considerações que entendi e que considero bem relevantes no ambiente escolar.
Há situações em que ocorre o exercício da autoridade do professor sobre a criança visando à obediência pura e finita, provocando até o medo com o objetivo de efetivar a autoridade e manter a ordem, sendo nomeada por Piaget de unilateral.
Na escola a autonomia deve ser propiciada em todos os momentos desde o início da escolarização nas relações em que ocorrem trocas de saberes, na cooperação, no respeito e na igualdade de todos os envolvidos no processo educacional
A moralidade está presente na escola por ser um ambiente baseado em relações interpessoais, objetivando estabelecer os direitos e os deveres.
Entender porque os alunos agem de forma agressiva no ambiente escolar faz com que reflita sobre a violência, a indisciplina, a falta de cooperação, a agressividade verbal e física, a empatia: quando indago se gostariam de serem tratados de forma bruta.
As atitudes apresentadas pelos alunos podem estar relacionadas com a maneira agressiva que suas famílias tratam-nos ou na falta de limites, no exibicionismo para atrair a atenção de todos, na vontade de submeter os demais a sua vontade, bem como na busca por sua identidade e afirmação no grupo social.
Ao considerar que o meio favorece a violência e a indisciplina, estou tendo uma concepção empirista do comportamento, sendo a experiência do ambiente que impõe algo sobre si mesmo. (Piaget, 1987).
Quando coloco que são as características de sua personalidade constituídas na família e isto está determinado geneticamente, tenho uma concepção inatista. (Piaget, 1987)
Segundo a concepção interacionista de Piaget, nesta faixa etária entre os 9 e 10 anos os alunos está construindo as noções de valores morais. Então eles conseguem pensar apenas a partir da sua maneira própria, não conseguindo colocar-se no lugar do outro, sendo característico do processo de desenvolvimento moral, conforme estudado por Piaget, onde seus atos são avaliados segundo seus resultados, independente de suas intenções.
A partir desta atividade tive a oportunidade de refletir sobre muitas atitudes e ações que ocorrem em minha escola e que são consideradas violentas pela comunidade escolar, tais como palavras agressivas, trocam insultos diante de fatos que procuram ser justos ou revidam o que ocorreu, mas acabam sendo estúpidos. Até que ponto as discussões e manifestações dos alunos podem ser consideradas violência ou quando falamos nela estamos sugerindo que aconteça, sendo essa a interpretação que a criança pode dar.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

A atividade de elaboração do mapa conceitual exigiu a síntese de diferentes aprendizagens estudadas durante o semestre, sendo que algumas já estão presentes no portfólio, tais como os estádios de desenvolvimento de Piaget.
A aprendizagem é determinada pela ação do sujeito através da interação com o meio que promove a construção do conhecimento. E é a aprendizagem que possibilita a assimilação que resulta na equilibração.
Esta atividade foi realizada em grupo juntamente com a Delaine e a Marli Joaquim.
Mesmo sendo em grupo não foi nada fácil! Tivemos que reler os textos, refletir e interligar os conceitos com os devidos verbos. Para aprimorar nossos entendimento e aperfeiçoar a nossa aprendizagem também tivemos que refazer o mapa conceitual, pois nem todos os conceitos ficaram claros para todas as componentes do grupo e diante das incertezas não como argumentar com convicção.
Conforme o comentário da tutora da interdisciplina: Mirtes o grupo deveria optar entre refazer ou não, mas sempre é melhor retomar, debater e adquirir mais conhecimentos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO

As aprendizagens são muitas neste semestre na Interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais na Educação e a seguir menciono algumas considerações importantes que destaco:
A legislação brasileira garante a todos o direito à escola.
É preciso despertar a consciência política de que perante as leis somos todos iguais, temos direitos e deveres que devem ser respeitados. Procurar ajuda especializada visando o desenvolvimento de pessoas com necessidades educacionais especiais para que possa progredir em seu desenvolvimento integral faz parte destes direitos garantidos por leis. Toda a sociedade terá benefícios com estas atitudes, porém para que isto ocorra não podemos assistir cenas de discriminação e preconceito e considerar normal.
Na escola determinadas ações e reflexões são essenciais para que todos os alunos desenvolvam todo o potencial que tem:
Respeitar o limite e o ritmo de cada um e propor as mesmas atividades para toda a turma. A criança não pode freqüentar a escola apenas como um passatempo ou apenas para fazer parte das estatísticas de inclusão.
O conceito de inclusão precisa estar presente no projeto político pedagógico da escola.
Ao aprender a conviver com a diversidade as crianças se tornam mais solidárias, tolerantes e responsáveis pelos outros.
Quando planejar as aulas e brincadeiras é preciso pensar em estratégias para o aluno com necessidades especiais também participe.
“O planejamento que valoriza as características do aluno e do contexto social, a avaliação que tem o aluno como parâmetro de si mesmo, o trabalho pluridocente, dentre outros.” Segundo o texto A INCLUSÃO E SEUS SENTIDOS; ENTRE EDIFÍCIOS E TENDAS DE Claudio Roberto Baptista, página 7. Quando planejarmos nossa aula precisamos conhecer e analisar a realidade de vida do aluno, quais são os seus interesses, avaliando cada progresso que alcança por menor que seja sem comparar com os demais colegas. É preciso ver o seu próprio crescimento e contar com a ajuda da equipe de apoio e ajuda de outros professores e profissionais da saúde que auxiliam na busca da integração social e da aprendizagem.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA ESCOLA

DIVERSIDADE ÉTNICA E RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE A PRÁTICA: considerações finais
Os alunos realizaram trabalhos em grupos com materiais coletados e informações obtidas, entrando em contato com o tema diversidade cultural na construção do povo brasileiro, compreendendo que o negro contribuiu para a história e o desenvolvimento do Brasil, pois analisando o artigo da revista Nova Escola de novembro de 2005 um grupo de alunos descobriu que os negros trouxeram para o Brasil tecnologias avançadas para a época, tais como técnicas: de irrigação por canais, de pecuária, de tecelagem, de olaria que ainda são utilizadas. Coletaram dados sobre a África atual. Localizaram principais cidades no mapa do continente africano de onde partiram os negros para o Brasil como escravos.
Outro grupo de alunos pesquisou na cartilha: “O negro no RS”
Na entrevista realizada com uma pessoa idosa da comunidade as crianças se depararam com as dificuldades enfrentadas na sociedade ao longo da história dos afro-descendentes, as questões que envolvem o trabalho, a mestiçagem, os alimentos, lendas e costumes.
Na leitura de imagens sobre o negro os alunos analisaram diversas situações envolvendo o trabalho a partir de pinturas feitas por diferentes autores. Concluíram que cada autor colocou de acordo com o seu ponto de vista, sendo que o negro tanto aparecia sofrendo castigos físicos, mas também era retratado com um empregado do branco e que cumpria ordens pacificamente, omitindo os casos de espancamentos, amenizando a brutalidade da vida dos escravos.
Pesquisas foram realizadas e para compor a lista de personalidades negras ilustres na música, nos esportes, no meio artístico, na política, porém perceberam que a posição do negro ainda é muitas vezes de submissão ao exercer funções inferiores ao branco, como bem citaram: “quase sempre nas novelas os negros são empregados dos brancos.”
Na escola devemos buscar informações sobre as contribuições culturais e históricas do negro para o Brasil, valorizando aspectos positivos no aluno afro-descendente para elevar sua auto-estima, tendo o cuidado de não reforçar o preconceito e a discriminação geralmente existente no ambiente escolar embutidos em piadas, apelidos, ditos populares, acusações, implicâncias.
Os alunos reconhecem que existem entre os negros o senso de inferioridade devido à condição em que viveram, porém devem ser eliminados os preconceitos e as discriminações em nossa sociedade e cada um deve contribuir para impedir a propagação do sentimento de menos valia.
A criança negra precisa se ver como negra, aprender a respeitar a imagem que tem de si mesma e ter modelos que confirmem essa expectativa.
A partir da temática desenvolvida todos os alunos da escola tiveram a oportunidade de entrar em contato com outros aspectos relacionados à cultura e a história do negro no RS e no Brasil, enriquecendo seus conhecimentos na valorização da identidade negra numa perspectiva de contribuição e de igualdade de direitos e de deveres ao problematizar questões étnico-raciais na escola.

QUESTÕES ÉTNICO- RACIAIS NA EDUCAÇÃO

Os povos indígenas conforme o texto extraído do livro: “Os Índios no Brasil: quem são e quantos são.” de Gersen dos Santos Luciano, representante do povo Baniwa: “São aqueles que contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e a colonização que foi desenvolvida em seus territórios.” São, portanto os povos que querem garantir a conservação e a transmissão para as gerações que os sucedem seus costumes, suas crenças, as culturas, a língua, dando continuidade a história do povo indígena. O termo indígena refere-se às diversidades culturais, sociais, econômicas, políticas, espiritual de cada grupo de índios.
Cada povo indígena tem uma maneira peculiar de organização social, política e econômica original e outras que adquiriu a partir do contato com os outros povos, relacionado à concepção de mundo e de vida, baseada em mitos e ritos que conduzem a vida social em que a família é formada por muitas pessoas, reunindo parentes do patriarca ou da matriarca com as demais pessoas que se integram para atingirem objetivos específicos.
Os índios de um modo geral estão recuperando e resgatando seus valores em que os mais jovens estão elevando sua auto-estima, a autonomia, sua dignidade e o orgulho de ser índio, desta forma vão desfazendo os pré-conceitos que predominam sobre eles.
Para haver mudanças e conscientização de que não existem povos sem histórias, admitindo a diversidade cultural e nos corrigindo nas expressões comumente utilizadas, tais como: programa de índio, modos selvagens.
Desenvolver estudos e atitudes que valorizem todos os grupos étnicos baseados no respeito e na igualdade, pois nenhum povo é melhor do que outro porque é diferente, portanto os índios não são inferiores, necessitando ser civilizados e nem seguirem os padrões culturais dos brancos.
Identificar as diferenças presentes no próprio grupo de alunos e em outros grupos para que aprendam a encarar a diversidade com naturalidade e assim desmitificar o pré-conceito ao se falar dos povos indígenas, trabalhando as culturas, os diferentes povos, a formação étnico-racial.